Verdade revelada.
Vamos deixar de lado a avaliação
geral desse episódio por um instante. Vamos, então, focar num dos momentos mais
broxantes da história de Grey’s Anatomy. Vamos deixar claro que, não, é
possível que depois de tanto mistério, enrolação, tensão e mimimi, a verdade
sobre a relação estremecida entre Owen e Nathan seja algo tão... Como é que a
palavra mesmo? Bobo? Blé? Idiota? Podem criar suas próprias definições, porque
honestamente eu não sei como descrever.
Não que eu não ache terrível o
sumiço de uma irmã e esposa num helicóptero médico sobrevoando uma área de
confronto. É horrível, especialmente pela questão da dúvida e do fato de
ninguém saber, realmente, o que aconteceu. Mas é inevitável pensar que Owen é
um crianção, um bobalhão. Essa mágoa toda que ele sente por Nathan não tem a
mínima justificativa. E tem menos ainda se pensarmos que Owen, afinal, conhece
bem esse tipo de situação de risco profissional.
À parte do drama desnecessário,
ainda foi de um baita anticlímax. Nós, fãs da série, não deixamos de especular
o que seria tão grave e tão profundo e pensamos que saberíamos detalhes
sórdidos ou muito mais carregado de crueldade da parte de Nathan, mas não. É
Owen descarregando sua dor e frustração no cunhado. Poderiam ter desenvolvido
um plotezinho melhor.
De qualquer forma, esse episódio
começa a introduzir uma aproximação entre Meredith e Nathan. Não existe a menor
possibilidade de romance nesse primeiro momento, mas é uma ideia que devemos
ter em mente, especialmente quando Karev ainda está nessa de guardar aliança
para Jo, o que me dá uma preguiça tremenda. O personagem sempre teve os piores
relacionamentos (gostava dele com a Izzie, mas faz 50 anos já) e não parece
prestes a sair desse ciclo. Aliás, vivemos os ciclos do sono sem fim com: Owen
e Amelia, Slutty Arizona, Japril e a conta de telefone (e o bebê secreto, é
claro). Tudo bem sem sal, sem emoção, sem utilidade real.
Para quem já dormiu na semana
passada (nem foi meu caso, mas vale apontar), fica a dica de abrir uma aposta
para ver quem acerta quando April vai falar que está com pãozinho no forno.
Também ficam meus olhos revirados para Avery querendo ver April infeliz pelo
divórcio. Apenas pare, migo. No quesito comédia, Richard mandou bem, seja como
wingman de Arizona ou como o pai preocupado com o namoradinho de Maggie.
O arco central do episódio
colocou em paralelo dois casos bem interessantes e emocionantes. Confesso que
nunca iria lembrar que aquela garota havia sido a primeira paciente de
Meredith, Cristina e Derek, então, obrigada Flashbacks! Só acho que essa falta
de confiança de Amelia no próprio taco é OLD NEWS e sempre pelo mesmo motivo: a
genialidade de Derek. Acho que podemos deixar isso de lado, né? O pobre já tá
até morto e continua sendo culpado por Amelia ser insegura profissionalmente.
Ninguém aguenta mais.
Mesmo com isso, a lembrança desse
caso vem para mostrar a evolução de Meredith e o longo caminho percorrido, seja
na carreira ou na vida pessoal. Tanto que isso se espelha na paciente com septicemia,
a quem Meredith aconselha, como na música da Legião Urbana: “É preciso amar as
pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na
verdade não há”. Esse parece ter se
tornado um lema de vida da personagem nesses últimos episódios.