Sobre não ser o sol.
O tempo voou e já estamos nos
despedindo de Grey’s Anatomy, que agora só volta em 2016, ainda sem data
definida. Foi uma Fall Finale intensa, com direito a drama, tragédia de grandes
proporções e muita tensão, para a maioria dos personagens.
Não foi à toa que escolhi Amelia
para ilustrar essa breve despedida. Desde que ela entrou para o elenco fixo da
série, há algo nela que me incomoda, embora eu sempre ache uma razão pra deixar
passar. Convenhamos, ela já passou por muita coisa ruim, mas às vezes, fica
evidente que muito disso é por seu egoísmo desenfreado.
Amelia acredita que é o centro do
universo. Seus problemas são sempre maiores e piores que os de qualquer outra
pessoa e ela não gosta de sentir que os planetas não giram em torno dela. Um
verdadeiro problema, porque nem ela nem ninguém pode ser como o sol, o tempo
todo. Há momentos em que estamos no centro de tudo, mas na maioria do tempo
vivemos na periferia.
Com Owen revivendo pesadelos, a
questão principal não é ajudá-lo: é não ser informada de tudo. Ela acha que o
problema não é Owen estar fora de si, mas Owen ter tanta falta de consideração
com a mulher que dorme com ele. É bizarro e irritante. É desprezível.
Por isso, quando Meredith
simplesmente #nãotempaciênciapraquemtácomeçando, ela olha para Amelia com um
misto de pesar e falta de paciência. Não é que Meredith seja o centro. Nessa
questão, Owen é. E Meredith apenas o deixa lidar com o assunto como ele
consegue no momento. Sem grande pressão, sem precisar encurralá-lo o tempo
todo.
Com a dica dada ao fim do
episódio, acho que fica claro que Nathan é cunhado de Owen e o possível
responsável pela morte de uma irmã do personagem. Sim, em Grey’s todo mundo
pode ter um irmão secreto surgindo, sem surpresas, certo? Meredith até brinca
com isso, sugerindo que Nathan poderia ser irmão de Owen: “Já aconteceu comigo”.
O pior de tudo é saber que Amelia
vai, obviamente, “vingar-se” por não ser o sol, de um jeito nojento: dormindo
com Nathan. Isso é só para deixar o retorno mais animado e cheio de confusão.
Posso estar errada, claro, mas a probabilidade é pequena.
Aproveitando a oportunidade, acho
que precisamos falar sobre como Meredith trata algumas pessoas. Ninguém é
perfeito, mas isso está ficando feio. As reclamações de Jo – que eu detesto - são
muito justas. Meredith é escrotíssima com a namoradinha de Karev, a troco de
absolutamente nada. Não tem anel de noivado que justifique, porque é sempre
assim.
Aliás, se Jo disser sim, ficarei
decepcionada. Ela teve razão (vejam que raridade!) em suas reclamações e
observações sobre Karev e o relacionamento dos dois. Casamento, agora, parece
ser uma alternativa ruim e nada louvável. O sim vai determinar o fim do casal,
muito mais do que o não.
Falando em casais em crise, a
ladainha Jackson e April DEU. DEU O QUE
TINHA QUE DAR, CHEGA PLMDDS! Essa coisa passivo-agressiva encheu o saco de todo
mundo, assim como as constantes fugas e a ladainha de vamos separar, vamos
transar, você foi embora, blá, blá, blá... Vamos seguir em frente, por favor. Decidam
logo pela separação, pois esse casal está em vias de se tornar um revival de
Callie e Arizona.
A personagem, inclusive, esteve
bem na parte cômica do episódio, flertando com a bombeira da bunda de fora e
levando broncas hilárias de Richard. Maggie segurou bem também com seu romance
tórrido com o interno. Eles são fofos e inseguros um com o outro. Impossível
não amar.
E não é aceitável encerrar sem
falar da invasão dos bombeiros feridos, um verdadeiro teste para a capacidade
de liderança de Bailey. No fim, Richard estava certo. Basta agir de acordo com
a situação, improvisar quando preciso e fazer o melhor. Fiquei abaladíssima com
o bombeiro chefe agonizando e esperando pela esposa. Chorei, como tantas outras
vezes com essa série e sei que são mais momentos assim que nos aguardam no ano
que vem.
PS* Qualquer semelhança com a
frase de Cristina, dizendo que Meredith era o sol, não é mera coincidência.
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