domingo, 15 de novembro de 2015

Grey's Anatomy 12x07: Something Against You


A volta dos terrores noturnos.

O tempo está voando rápido com essa temporada de Grey’s Anatomy. Está tão boa de assistir que pisquei e já estou praticamente diante da Fall Finale. Fiquei chocada com essa descoberta no final de mais um episódio bem bacana desse 12º ano e com o fato de que não quero hiatus. Vejam bem o meu nível de amor por essa série.

Como ainda temos mais uma semaninha antes da despedida temporária, vou deixar para chorar de verdade no próximo texto (preparem-se). Enquanto isso, o nosso eterno Seattle Grace Mercy Death recebe um novo médico – dessa vez homem - para dar aquela mexida nos sentimentos e equilibrar o ratio de gêneros.

Seria de se pensar que a presença de Nathan Riggs deixasse as moçoilas em polvorosa, mas quem fica realmente abalado e com o coração palpitando é Owen. Ele volta ao seu estado perigoso e vulnerável, tendo pesadelos e terrores noturnos por suas lembranças de guerra. Nathan, obviamente, deve ser o responsável pela morte de algum companheiro de trabalho dos dois, já que se estabeleceu que a relação dos personagens vem dessa vivência profissional em situações extremas.

Confesso que o retorno de um plot já tão desgastado chega a me dar sono, mas acredito que não teremos uma intensidade tão grande agora, afinal, Owen já superou bastante esse tema e já lida melhor com tudo o que viu e viveu em seus tempos de guerra. Claro que neste primeiro momento ficamos aguardando a revelação da história completa e admirados com a amizade e sensibilidade que Meredith demonstra a cada episódio. “Nos o odiamos?”. “Sim, nos o odiamos.”. Uma atitude super 5ª série, mas que é adorável nesse caso, pelo histórico dos personagens e pelas perdas pelas quais passaram.

Aliás, Meredith é mesmo a rainha da porra toda, mesmo quando erra. Quando a mostram tentando ser melhor e consertando atitudes, a deixam mais humana e mais próxima de todos nós. É o caso com Penny, que também passa por um momento 5ª série, dessa vez estrelado por Callie, que age feito a mamãezinha que liga na escola para reclamar da nota da filha com a professora.

Com o caso do transplante de Jeffy transformando Jo em uma criatura cada vez mais insuportável, vemos que Stephanie e Penny podem se tornar amigas, assim como Richard é ótima companhia para Arizona no bar, ajudando-a a se aproximar da mulherada. Em contrapartida, no time dos “empata”, Avery não deixa Bailey e Bem consumarem o casamento e ainda erra ao consumar o seu quando pensa apenas em divórcio.

Mas, um dos grandes temas da semana foi o preconceito que mina chances e faz parte do dia a dia das mulheres negras. Mulheres em geral são prejudicadas, mas mulheres negras? Essas sim, convivem com mais dificuldades do que jamais terei, por exemplo. E mesmo que eu não possa (e nem deva) falar por elas, é importante que exista o reconhecimento de é um problema real a ser combatido. Grey’s Anatomy vêm fazendo isso de forma aberta e esfregando nas nossas caras que é preciso mudar e mudar agora.


Valiosíssimo o diálogo entre Amelia e Maggie, assim como o momento em que as duas e Meredith elencam para Karev (desenham, na verdade) o que acorre diariamente no campo profissional. Muitos (homens e mulheres) parecem não notar, porque afinal, as regras da nossa sociedade podem nos cegar ou anestesiar quando é hora de enxergar o que está diante de nós. É por isso que, a cada episódio, seja de Grey’s, Scandal ou HTGAWM, sinto que mais uma brecha se abre para o debate. Os meios de entretenimento são sim, fundamentais, para que a nossa percepção se abra e para que os problemas do outro, sejam também os nossos.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Breno Pinheiro Soares disse...

Como eu amo essa serie!!

Bruna disse...

Como não amar essa série. E como não amar a Meredith sendo a pessoa de alguém que ela detestava no início. Espero que a Shonda saiba dosar essa história do Owen. Pode ser um caminho complicado, assim como April e Jackson. Espero que essa atitude dos dois não atrapalhe a volta do casal, espero que eles não se tornem Calzona 2.0. Amo a química entre os dois e detestaria que ficassem que nem Arizona e Callie.
Cada vez me apego mais a Maggie e o que ela acrescentou ao show. Mas estou achando ruim a Baley como chefe. Sei que é pelo bem da história, mas como assim contratar alguém sem consultar o chefe do departamento antes? Enfim, não quero hiato. E já estou de luto agora...

João Paulo disse...

Review excelente Camis, compartilho da sua opinião, esse décimo segundo ano está uma beleza e super relevante. Esse aspecto de abordar o racismo nas entrelinhas e até abertamente em algumas cenas deste episódio é uma forma de mostrar que o assunto não pode ser extinto e tem que ser debatido mais do que nunca (aquele diálogo entre Amelia e Maggie foi pontual e muito bem interpretado). Meredith é sensacional, não é a toa que é minha personagem preferida da série.