Uma Season Premiere que não é “Cats”,
mas quase.
A nova série mais badalada de
2013 voltou e não foi sem deixar todos os fãs loucos pelos longos meses de
espera. Orphan Black, sucesso de público e de crítica em todo o mundo, vem
mostrando que tem assunto para mais uma boa temporada, numa Season Premiere que
segue a linha narrativa que já conhecemos: começaremos com poucas informações
desencontradas e iremos descobrindo, aos poucos, o que a série nos reserva. Foi
assim na primeira temporada e deve funcionar também para esse segundo ano. É
claro que tudo depende do trabalho criativos dos roteiristas, que tem um bom
elenco de “Tatianas” em que se apoiar.
Nesse recomeço, ficamos com o
jogo de poder comandado por Rachel, uma das clones mais intrigantes do momento
e com a ideia de que no meio das questões éticas e científicas, da patente de
clones humanos teremos ainda uma seita religiosa com que lidar. “É o pessoal da
Helena”, segundo consta. E ela está de volta, vivinha da Silva para surpresa de
todos que acharam que tínhamos perdido a clone Shakira. Obviamente essa é uma das
últimas cenas do episódio, que começa numa sequência bem ao estilo de Quentin
Tarantino, com exceção dos litros e litros de sangue falso.
Aliás, a cena de abertura é incrível.
Causa confusão e expectativa, embora pareça bastante irreal que Sarah tenha
tido a sorte de se trancar num banheiro com parede tão fácil de destruir. Além
disso, Mark tem uma calma tremenda até destruir a porta e tentar pegá-la. Ficou
sim, parecendo que ele deu um tempo para ela conseguir fugir, mas tudo bem. Não
é como se isso mudasse o fato de que esse foi um ótimo começo de episódio.
Todos querem Sarah. Ela é o
grande prêmio. E só podemos esperar que ela consiga ser mais esperta que a DYAD
e Proletheanos. Aliás, vale dizer que, PELA PRIMEIRA FUCKING VEZ, detetive Art
sabia de alguma coisa. Justo ele, que nunca consegue entender o que está diante
de seu nariz! Dessa vez, ele sabia que os fanáticos religiosos é que capturaram
Kira, sabe-se lá com quais intenções.
O que continua sendo demais é a
interação entre as clones e o modo como vemos as diferenças entre elas.
Honestamente falando, não sei se gosto muito da interpretação para Rachel, que
soa meio canastrona em comparação com as demais, mas talvez seja o período de
ambientação com a nova personagem, que só agora será mais explorada.
Cosima deveria, sim, ficar de
olho na namorada que parece ser agente dupla, apesar de todo o amor que tenta
demonstrar. Toda essa gente que trabalha da DYAD, com Rachel e Aldous Leekie é
do tipo capaz de tudo, inclusive, porque ao menor deslize eles podem ser
sumariamente eliminados. Até mesmo Paul, que trabalha diretamente com Rachel
deve ser mais confiável. Torço para que Daniel não o mate, porque senão
perderemos muito no quesito sensualidade bruta e precisamos de um pouco disso
na série.
Alisson ainda é minha favorita,
de longe. Adoro essa dona de casa que faz cartões artesanais e tem contatos
quentes quando o assunto são drogas ilegais e armas com número de série
raspado. E ela tem classe. Manda entregar o revólver com flores e mensagens
fofas. Também não quero esquecer o talento teatral dela, que não está em Cats,
mas arrasou cantando sobre produtos de limpeza e asma. Parece que a morte de
Ansley ainda vai render bastante para ela também, criando algum tipo de arrependimento
ou piração.
Felix, como sempre, é a cereja no
topo do bolo. Apenas ele poderia vestir-se todo de couro, com a bunda de fora e
sair da balada para pedir uma arma e ajudar Sarah a organizar uma invasão na
DYAD para sua conversa íntima com Rachel. Inclusive, senti um prazer imenso ao
ver Rachel tremendo e levando uma surra de Sarah. Quero muito saber como é que
justo ela pode fazer com suas “irmãs” algo que poderia facilmente atingi-la.
Com Helena viva, vamos ver o que
muda e a que nível de loucura chegaremos. É muito bom ter uma série intrigante
novamente e já quero saber o que é que o Clone Clube vai aprontar no próximo
episódio. E a pergunta que não quer calar: será que teremos ainda mais clones?
Vamos ver se Tatiana Maslany é capaz de fazer ainda mais do que ela já faz.
P.S*Angie é de uma chatice sem
limites. Vontade de que ela suma.