Um episódio de importantes
primeiras vezes.
Essa semana The Carrie Diaries
vem recheada com dois momentos muito especiais para a vida de nossa
protagonista. Não, ela não perdeu a virgindade por enquanto, mas foi
apresentada a duas paixões, que a acompanharão por muito tempo e ao longo da
vida adulta. Parece bobo começar falando justamente disso, mas os fãs de Sex
and The City vão entender o motivo. O primeiro par de sapatos Manolo Blahnik a
gente não esquece. A primeira taça de Manhattan também não.
Fico feliz em ver esses detalhes
aproveitados. Em ver os olhos de Carrie brilhando para os sapatos de grife que
ela jamais poderia pagar, tendo apenas 16 anos. Fico feliz em ouvi-la dizer: “Acho
que esse vai ser o meu drink.”. Com certeza Carrie, será. E junto dessas
pequenas coisas, vemos o deslumbramento com a cidade grande e com tudo o que NY
tem a oferecer. O desafio de decidir sobre se tornar adulta ou permanecer como
a filha obediente. Carrie cresce a cada episódio e vai moldando o caráter da
mulher adulta que já conhecemos. A transformação é muito interessante, porque
não deixa de lado o fato de que Carrie ainda é uma menina, apesar de tudo.
Insegura, embora determinada em muitos momentos.
O clima do episódio é divertido,
como sempre, com Carrie enganando o pai e aproveitando cada oportunidade para
ter novas experiências. As mentiras parecem ter entrado de vez para o cardápio.
Ela sobre o trabalho, sobre a noitada nos clubes de NY, sobre sua idade... E Larissa
adora e acha super tendência ter uma estagiária pirralha, mas com muito senso
fashion. E essa opinião embasada vem enquanto ela ataca o pai de Carrie e
flerta com o amigo dele. É uma confusão generalizada que faz rir bastante.
Imaginem só, encontrar o pai se esfalfando na
pista de dança, na mesma balada moderna em que você está, às escondidas?
Justamente quando a noite prometia ser de grandes gestos, com Sebastian
invadindo a pista e mostrando o que realmente quer. E no fundo, eu acho que ele
combina mais com Mouse do que com Carrie, não sei por que, mas ainda é bonitinha
a iniciativa de ir atrás da garota que ele descaradamente trocou por Donna La
Trava.
E falando em La Trava, ela mal
pode imaginar que depois de ser rejeitada pela primeira vez, está entrando num
rolo com cara que não tem coragem para assumir sua sexualidade. Walt tem toda
razão de estar magoado com Maggie, mas está insistindo no mesmo erro. De
qualquer forma, imagino que agora a notícia de que Walt é gay vai se espalhar.
É a cara de La Trava descobrir e espalhar essa, só para humilhar o garoto, mas
vamos aguardar. Também há a chance de Walt reencontrar com Wilcox, que afinal,
é colega de trabalho de Carrie e isso também pode ser bem legal de acompanhar.
Não esperava muita coisa vinda de
Tom e seu retorno ao mundo dos encontros, mas acho que o personagem tem segurado
bem a situação. Ele passa essa insegurança, essa reticência por deixar para
trás a memória (ou ofender a memória) da esposa morta recentemente e tudo acaba
casando com o momento familiar, em que as filhas despontam na adolescência e se
tornam mulheres. No fim esse é o grande negócio para Tom: aprender a lidar com
as mulheres.
Vale ainda citar algumas
referências bacanas aos grandes filmes e astros de cinema da década de 1980.
Nunca ouviu falar de Molly Ringwald? Verdadeiro ícone da Sessão da Tarde(hoje
no ostracismo, participando de The Secret Life Of The American Teenager),
estrelando filmes como Pretty In Pink, The Breakfast Club e Sixteen Candles. Para
quem prefere porradaria, Rocky III, o filme favorito de Donna. Clássicos que
valem a pena conferir.