Batalha das sogras.
O episódio dessa semana de The
Good Wife vem com uma toada diferente. Não pelo caso da semana ou por alguma
mudança drástica no formato da série, mas sim, pela presença ilustre de Verônica,
a mãe de Alicia, vivida pela atriz Stockard Channing. Não é apenas uma
participação especial, é muito mais do que isso. A presença de Verônica vem
para explicar a personalidade de Alicia e dar ao público maior entendimento
sobre cada atitude da personagem. Dizem que para se tornar mulher, as meninas
devem “matar a mãe”. É um processo psicológico de enfrentamento completamente
natural, mas no caso de Alicia, a tempestade não acabou e toda sua vida é
regida pelo impulso de jamais ser parecida com Verônica. Fácil dizer que ela
conseguiu.
Enquanto Verônica se mostra uma
mulher que vive o momento, que aproveita a vida sem se importar com
consequências e convenções sociais, Alicia se esforça para ser o oposto. Sua
dedicação à família, aos filhos e sua fidelidade a Peter, mesmo nos piores
momentos, são consequência do comportamento mais “solto” de Verônica. Dá para
entender, finalmente, porque Alicia nunca se deixou levar pelo breve relacionamento
com Will e como a traição, mesmo que ela estivesse separada de Peter, tem
impacto dentro de sua moralidade.
Só por esse breve análise dá para
notar que sim, esse é um episódio muito bom de The Good Wife e a série estava
mesmo precisando de algo desse tipo. Além do mais, tivemos breves momentos de
humor, com a pequena batalha entre Verônica e Jackie. A breve cena do jantar de
Thanksgiving foi ótima, inclusive porque tem muita coisa rolando ali. Primeiro
temos o comportamento estranho de Jackie com seu enfermeiro, que faz o “desconfiometro”
de Peter dar o alerta. Será que Jackie vai se envolver com o cara? Seria
ousado, pelo menos. Além disso, Peter é colocado contra a parede pela sogra e
aí, Alicia reage com fervor sexual. Apesar de tudo, não foi uma grande
surpresa.
No tribunal, ela também estava
pegando fogo e ainda escuto a risada debochada de Diane ecoando, ao ver que o
Breslow estava dizendo na TV, sobre o caso de fraude, transformado em
estandarte pró direito dos homossexuais. Bom para ver que de boas intenções, o
inferno está cheio e que política muitas vezes vem disfarçada de alguma vantagem
que nunca vai se concretizar.
Dessa vez, até mesmo a rivalidade
entre Nick e Cary funcionou, principalmente porque os dois estão medindo
forças. Cary, mesmo intimidado com a surra, mostra que tem poderes para
destruir a vida de Nick, seja com denúncias fiscais ou sobre tráfico de drogas.
A queda de braço dos dois vai longe e é engraçado pensar que seria facilmente
resolvida. O ciúme de Nick é infundado, pelo menos a respeito de Cary. Ah, se ele
soubesse que as vozes mais cândidas de Kalinda são para as conversas com
Alicia. A coisa seria muito diferente.
P.S*Vibrando com a possibilidade
de David Lee ser o novo papi de Alicia. Comentário de Verônica sobre pênis circuncidado
foi pura elegância.