A menina que não sabia amar.
Seguindo a rotina dessa 3ª geração, Skins fez mais um episódio ótimo, dessa vez, centrado em Mini, essa criatura que parece tão fútil e banal, mas que, no fundo, é quase um quebra-cabeças de alta dificuldade, por vários motivos. Primeiro porque ela parece estar constantemente magoada com as pessoas e as coisas em sua vida, depois porque ela mesma esconde suas melhores partes como mecanismo de defesa.
Um dos pontos fortes da série tem sido o foco na família e no drama psicológico. A carga dramática aumentou bastante de uns tempos para cá e não foi apenas por causa da morte prematura de Grace. Esses adolescentes têm mais problemas com que lidar e isso fica evidente quando o foco é a vida de Mini.
Apesar de ela também estar sofrendo com a perda da amiga, o que fica evidente em vários momentos em que lembra, carinhosamente, das aventuras ao lado de Grace e Liv, Mini tem muito mais com que se preocupar. Vinda de um lar disfuncional, praticamente sem regras e sem supervisão dos pais, ela tem dificuldades de lidar com questões emocionais e agora enfrenta uma gravidez.
Não sei se isso veio à mente de vocês, mas para mim, a pergunta fica martelando: será que Alo é o pai do bebê? Convenhamos que Mini não toma o menor cuidado e tem múltiplos parceiros, ao que parece, por isso não afirmo nada. Minha única certeza é a de que Mini encontraria em Alo um grande apoio, porque ele parece sempre disposto a lutar por ela e enfrentar qualquer coisa. Ou, pelo menos, estava disposto.
As atitudes de Mini levaram Alo até o limite e ele fez muito bem em dizer o que disse. Chega um momento em que nem todo amor do mundo pode resistir à rejeição que, no caso de Mini, é uma muralha de proteção. Abandonada pelo pai ela sente que não pode contar com ninguém e desconfia de qualquer figura masculina.
O engraçado é que Mini tenta, justamente, se conectar com esse pai, um homem jovem e focado na carreira e que tem pavor de compromisso. Nem por um minuto eu acreditei que ele a ajudaria de alguma forma e estava óbvio que ele fugiria assim que houvesse chance, destruindo Mini, mais uma vez.
Essa decepção foi a gota d’água, mas pelo menos abriu os olhos de Mini para a família que ela poderia ter com a mãe e o “namorado tarado”. O cara tinha uma expressão de bobo tão grande que desde o inicio achei que Mini estava apenas implicando gratuitamente com o coitado, embora aqueles barulhos sexuais fossem demais para qualquer um conviver.
No ramo das amizades, Mini já não consegue se abrir com Liv e Franky força uma aproximação. Mini, completamente sozinha e com medo de acreditar em sua gravidez, começa a se abrir para Franky e, sem perceber, a amar incondicionalmente o filho que vem aí.
P.S*Rick voltou e senti um olhar muito esquisito dele para Mini (e vice versa). Será que ele é pai do bebê?
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