A reinvenção de Skins.
Se você, assim como eu, tinha poucas esperanças em relação à nova temporada de Skins, essa é a melhor notícia que se poderia ter. Depois de duas temporadas péssimas, exageradas e completamente irreais, eis que a característica principal da série retorna e é como se aqueles episódios ruins nunca tivessem existido.
Skins voltou nua e crua. Honesta, direta, simples. Espero que continue assim, porque uma série sobre adolescentes não precisa de serial killers e outros floreios para funcionar. Basta manter as coisas no básico, com roteiro bacana, a polêmica de sempre e bons atores jovens. A receita de sucesso está aí.
Como já é tradição, depois de duas temporadas os personagens se renovam, o que acabou se revelando uma característica positiva depois do fiasco da geração anterior. Dessa vez, começamos por Franky uma garota de visual andrógino, deixando dúvidas sobre seu gênero e sua opção sexual.
A personagem deu vida nova a Skins, assim como todos os novos rostos que conheceremos a partir de agora. Franky, porém, parece ser a figura mais interessante, cheia de características controversas, ar depressivo e passado misterioso. No combo, ela ainda tem pais gays, uma adoção e a possibilidade de uma vida completamente nova, com amigos de verdade e quem sabe, algum interesse romântico, já que o misterioso Marty não está na série por acaso.
Detalhe óbvio é que Franky não é lésbica. Pelo menos, seria muito fácil se ela fosse. Acredito que ela é apenas alguém com um estilo muito próprio, o que definitivamente define sua personalidade, mas não seu gosto sexual.
E claro que temos alguns estereótipos explorados, como é o caso de Mini, a líder das garotas, fazendo a linha bitch do colégio, que sofre de problemas de auto-estima. Bastou que ela sentisse as atenções em Franky para que arquitetasse uma vingancinha infantil com o namorado atleta, Nick. Muito em breve Mini terá de mudar seu jeito de ser, porque as amigas, Grace e Liv (uma cosplay de Jal) não vão aturar essas atitudes imbecis por muito tempo. Rich e Alo, completam a turma, formando a galera dos perdedores. Eles se unem a Grace e Franky para formar um grupo de amigos mais sincero.
Interessante notar que, pela primeira vez, um grupo de garotas está mais em destaque. Nos primeiros anos, Tony e Sid eram os que mais chamavam atenção. Depois, foi a vez de Freddie, Cook e JJ. Não que as meninas não fossem importantes na trama, mas sempre senti esse destaque mais direcionado.
O importante é que agora, minha fé em Skins está sendo recuperada. E se antes eu estava prestes a abandonar tudo isso e seguir em frente, agora eu torço para que o próximo episódio chegue o mais breve possível.