Definitivamente Fringe se superou. Estamos diante do episódio mais nojento de toda a série. Impossível não ficar com o estômago revirado ao ver os parasitas gigantes passeando pela barriga das pessoas e saindo pela boca, com seus tentáculos bizarros.
Como eu venho dizendo ao longo dessa primeira metade de temporada, os efeitos especiais estão realmente muito bons, o que, nesse caso, piora a sensação horrível de ver alguém servir de casa e comida para um bicho desses.
Além dos efeitos, continuo dizendo que os episódios estão bons. Há quem ainda critique a fórmula, mas ela funciona e cativa quando os casinhos da vez são interessantes, como ultimamente. Tenho sentido uma aposta forte em criaturas invasoras de corpos, uma vibe meio Alien - O oitavo passageiro. Eu gosto e aprovo. Espero que o resto do público, também.
Falando em Sneakehead, preciso dizer que Walter deu show, roubou a cena e emocionou. A vontade dele em se tornar independente é tocante. Não apenas pela situação em si, por que é horrível depender dos outros, especialmente do filho. A questão toda é que Walter é um gênio da ciência que não consegue lembrar um número de telefone e atravessar a rua sem se perder. Um cérebro dividido entre seu melhor e seu pior. Como Walter insiste em se tornar independente, Petter apela para perseguições secretas, que o deixam aborrecido.
Começando a investigação dos parasitas gigantes, Walter percebe que eles são uma variação genética de outro pequeno verme, muito utilizado em medicina chinesa para melhorar problemas como a asma. Por isso, enquanto Petter e Olívia investigam os motivos para tantos imigrantes chineses terem sido encontrados mortos e infectados com o parasita gigante, Walter sai para pegar amostras desses amigáveis bichinhos. Astrid o segue e o passeio acaba mal. Walter se perde e Astrid, que pela primeira vez, em 2 anos de série, ganhou alguma importância na trama, é seguida até o laboratório, apanha, mas sobrevive à máfia chinesa.
O trabalho de Olívia e Petter rende e eles descobrem que os vermes, que inicialmente pareciam produzir algum tipo de alucinógeno, eram, na verdade, remédios. Uma das glândulas do bicho incentivava o sistema imunológico e eram as pessoas com esse tipo de problema que financiavam a morte de dezenas de chineses, que viraram apenas hospedeiros.
Como sempre, as investigações se cruzam. Walter, perdido em Chinatown, é resgatado por Petter, que descobre o local onde os chineses hospedeiros "descarregavam" a mercadoria. Inclusive, fiquei nervosa de ver aquele médico tentando enfiar um parasita pela goela de Petter, mas, no final, Olivia, Broyles e todo o FBI chegam a tempo de impedir desgraça maior.
Depois disso tudo, Olivia consegue reunir uma família de chineses, entre os poucos sobreviventes do parasita gigante. Já Walter, mais uma vez, mostra que é mesmo o melhor personagem da série e entrega ao filho um rastreador. Quer ser independente, mas implantou em seu pescoço um chip, para ser rastreado, haja o que houver.