A is for: Ainda é cedo para começar outra
temporada.
Parece que Pretty Little Liars é mesmo a mina de
ouro da ABC Family, porque, mais uma vez, mal nos despedimos de uma temporada e
já embarcamos em outra. Estaria tudo bem se a trama conseguisse manter algum
conteúdo, mas não é o caso. E o resultado é que ainda estamos saturados do
festival de bobagens do ano passado, já tendo que encarar a falta de ideias da
Season 4.
Essa Season Premiere, no geral, não passa de um
episódio muito do mediano e que não consegue impor o ritmo de novidade que o
roteiro teoricamente propõe. Vemos Mona ser integrada ao grupo das Liars como a
mais nova vítima de-A, algumas verdades serem reveladas, e as tradicionais
chegadas e partidas de personagens.
Mais uma vez, encaramos a velha ladainha de duplo
sentido sobre a relação entre Mona e Hanna. Dá até a entender que o verdadeiro
casal lésbico da série é formado pelas duas e que Emily não sabe nada do
riscado. Mona, além de reclamar o tempo todo da falta de “assistência” de
Hanna, também ganha sua própria boneca bizarra e um vídeo que a incrimina n
terrível ato de abrir a porta de um carro de polícia todo arrebentado. Não faz
o menor sentido.
Aliás, também não faz sentido esse bando de menina
escolada na arte da incriminação ficar fuçando num veículo obviamente plantado
para pegá-las fazendo algo errado. Não bastasse a patifaria na revelação do
porco no porta-malas, ganhamos o novo/velho problema de “mamãe atropelou
detetive avulso, e agora?”. Agora nada, cara pálida. Detetive avulso morre
baleado e não atropelado. A data do vídeo poderia ser facilmente comprovada
pela polícia, além do fato de que Walden continuava vivinho depois do que aconteceu.
E tem novo detetive avulso na área, interpretado
por Sean Faris. Já que o antigo morreu, nada mais justo que trazer outro para
atormentar as Pirulitas com acusações sem fundamento, porém dou razão a ele
numa coisa: O que é que essas doidas foram fazer, todas trabalhadas no pretinho
básico, no velório de Walden? Sério que
elas precisavam remexer no defunto pra pegar o celular perdido de Ashley?
A culpa todo
ia ser da funerária que deixou o corpo ser violado por terceiros e não de
adolescentes que FICARAM EM CASA durante a triste despedida de um “importante
membro da força policial de Rosewood.”. Claro que tentaram traçar um paralelo
com a cena em que - A faz sua primeira abordagem direta com as meninas, mas não
tem mais o mesmo impacto e já usaram esse recurso tantas vezes que ninguém
aguenta mais.
Foi tudo muito besta nos primeiros dias de
separação de Aria e Ezra. Pegadinha boçal aquela da prisão e, no entanto, e
cena mais real e pé no chão já filmada em PLL. Cansei de dizer que um professor
pegando a aluna é caso de cadeia nos EUA, mas enfim, Pedobezra agora é pai de
família e vive apenas pra sustentar o filho. Aria, segundo consta, está afim de
“sair com outras pessoas”, mas a gente sabe que é só tipo para fazer ciúme no
profe.
Enquanto alguns casais se desfazem, outros têm
planos para o futuro. Paige já planeja afogar o ganso de Emily nas piscinas de
Stanford. Nunca me esqueço da cena em que ela tenta matar nossa Pirulita
nadadora, para depois, ficar fazendo juras de amor eterno. Tudo isso se deve ao
sumiço de Shana, que causava grande distração nas duas, que ficavam tentando
decidir quem gostava mais de Shana ou quem iria manipular Shana da próxima vez.
Outra duplinha feliz é formada por Spencer e
Tobinha, companheiros de um café da manhã bem idoso. E pensar que Toba já quis
pegar Alisson, mas desistiu quando ela humilhou sua mãe maluca, num flashback
que ninguém entendeu porque foi inserido, mas tudo bem. Fez um bom par com a
aparição de Jenna (detalhe para a câmera imitando a visão de semi-cega da
garota para nos colocar no lugar da personagem) pedindo para Emily dar um ‘alô,
alô, graças a Deus’ para Tobinha. Isso acontece porque Jenna além de cega deve
ficar invisível e sumir da série já que a atriz está grávida.
Isso, sem falar na mãe de Alisson fixando
residência enquanto Jason (que nunca serviu pra nada além de enfeite) se engaja
na atividade “tirar o cheiro de gente velha da casa da vovó”. Como não amar uma
série que pensa profundamente no futuro de seus personagens e demonstra isso em
cada diálogo?
Vale lembrar que tivemos uma série de revelações e
agora sabemos que Mona quase beijou Hanna, que Detetive Avulso e Melissa
tentaram encaixotar Aria para sempre e que (foquem muito nisso que é
importante) quem fez a massagem em Emily foi o Lucas, mas só porque ela parecia
tensa na ocasião.
Claro que ainda tivemos o sumiço de todas as provas
do notebook de Mona e a presença da-A mascarada chorando muito em velórios e
andando pela cidade com uma máscara queimada. Não vou nem comentar a sucessão
de cenas de mato trailers porque elas fariam menos sentido aqui do que na
série. No entanto, quero lembrar a todos que existe, por aí, uma criança igual
a cada um de nós, carregando uma boneca baseada em nossas figuras. A coisa foi
confusa ao ponto de eu questionar se era um flashback, um sonho ou qualquer
maluquice de roteiro inventada por dona Marlene King, que, atualmente, está
tentando chamar a atenção ao propor episódios cada vez mais arrastados e sem
nexo.
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