Testemunha de asas.
Enquanto menino Mike não dá as caras nessa temporada de
Pretty Little Liars, podemos ocupar nosso tempo apreciando novos personagens.
Jake, o instrutor de beijo esportivo e Tippi, a Passarinha Liar, que teve o
privilégio de assistir ao verão selvagem de Alisson, regado à cerveja e “amizades
mais maduras”.
Não tem como não começar a falar de Tippi, porque afinal, a
bichinha tem carisma e conquistou o público rapidamente. Além de ser educada e
não chamar Hanna de ‘ Hanna Gorda’ (saudades daquele almofadão!), Tippi é ótima
como agenda de celular, gravando e cantarolando os números mais discados.
Proposta moderna e ousada de roteiro, que depois de fazer de Tippi uma heroína potencial,
a coloca nas mãos de um psicopata que tenta obrigá-la a praticar canibalismo,
ao servir de jantar uma codorna assada. É muita crueldade e falta de amor no
coração. Tipi fica lá, tentando escapar de seu algoz, mas sabe que se comer a
codorna irá morrer ou ser torturada. O –A Team está indo longe demais. Cadê os
ativistas para lutar pelos direitos dos animais? Cadê?
Com minha cabeça toda nos perigos que rondam a frágil
existência de Tippi, quase não consegui acompanhar os avanços de Aria para cima
de Jake, o novo bofe avulso que veio para gerar ciuminho em Pedobezra. Gostei
da atitude de Aria, que já saiu logo treinando beijo em vez de defesa pessoal.
Pedobezra, por sua vez, dá dicas de “como fingir sanidade” para Spencer, que
agora escreve redações em que revela o quanto enlouqueceu nos últimos anos.
Desculpa muito esfarrapada para tirar a menina do caminho do sucesso acadêmico,
afinal, quem liga pra uma redação cheia de narrativas loucas, quando a loucura
maior é escrever receita de miojo no Enem? Além do que, Spencer é gênia e tem
notas irretocáveis, então nada disso faz sentido.
Melhor que isso só as caras de Hanna para tudo o que envolve
os celulares e sapatos da mãe. E ainda mais gostoso é acompanhar a inteligência
de Ashley brotando novamente. Depois do dinheiro roubado na caixa de lasanha,
agora a onda é guardar peças de vestuário incriminatórias e depois se desfazer
delas, embrulhando em jornal e colocando num saco de lixo. Alguém avisa essa
gente que provas devem ser queimadas? Pelo amor de Tippi! Hanna teve a quem
puxar no quesito “celebro”.
Outra coisa que Hanna fez foi cair de boca em cima de Shana
em plena praça pública. Foi chato e constrangedor, porque Shana prefere
abordagens mais íntimas. Depois, ela mostra que a única pessoa que pode
deixá-la molhada é Emily, mas nem rolou nada mais forte, porque dessa vez o doping
levou a melhor e pode ter (oh, que surpresa!) estragado as chances de Emily de
ir para a mesma faculdade de Paige.
Aliás, nada como aquele acidente super bem filmado do começo
do episódio para causar esse monte de confusão. Mona vendendo corpo para
policiais, Emily contundida e drogada, Aria com afliceta para se proteger nos
braços de um novo macho e Spencer desconfiando de tudo o que Tobinha faz, mesmo
com o coitado chorando litros por causa do suicídio da mãe, que pode ter sido
um assassinato.
Tudo muito bom, mas nada excelente como a maravilhosa
técnica de “ficar roxinha” de Ali. Foi ou não foi uma dica de que a maldita
conseguia segurar a respiração por mil anos e poderia sobreviver facilmente à
asfixia mecânica? Só queria que parassem de enrolar e assumissem logo que ela
está viva, senão vou ter fazer a mesma coisa. Vou prender a respiração até que
PLL faça mais do que jogar um monte de fatos soltos sem qualquer ligação.
#MORRI
P.S* SAVE TIPPI!