Como era de se esperar, a Season Finale de Battlestar Galactica, divida em duas partes, faz jus à qualidade da série. Foi uma temporada ótima, bastante regular e sem nenhum episódio que eu possa criticar.
Sem dúvida, existe grande qualidade em roteiro, atuação e efeitos especiais, que prendem o público de forma impressionante. Minha dica, para quem acha que essa é uma série só para nerds ou masculina demais, é para esquecer estereótipos e embarcar na história. Tenho certeza absoluta de que ninguém irá se arrepender e, aposto que um dia ainda vão agradecer pela indicação, assim como eu faço agora, a todos que sempre me recomendaram Battlestar Galactica. Obrigada por isso, vocês tem toda a razão.
Terminamos a primeira temporada cheios de expectativa pelo que vem por aí, já que muitas possibilidades estão se abrindo.
Um dos pontos mais interessantes da série, além da parte de estratégias políticas, continua sendo o lado mítico. O mix de ciência, tecnologia, fé e religião dão o tom da série e fazem o espectador pensar e criar inúmeras teorias. Gaius Baltar é um personagem icônico nesse aspecto, já que ele é a tradução pura e simples de todos esses elementos. Sua trajetória até aqui nos mostra que nada é por acaso e que sim, até mesmo os mais céticos devem se surpreender com a importância das escrituras de Pythia, que até o momento se consagram com precisão. Por isso, quando Gaius embarca nos Raptors para identificar e analisar se o planeta encontrado é mesmo Kobol, a aventura não é em vão. Tudo o que acontece parece levar para uma única finalidade e as conversas com Number Sex, que acontecem em seu imaginário, são mais reais do que se pode constatar.
Depois do acidente e da queda da nave e de parte da equipe em Kobol, Gaius é guiado por Number Sex até as ruínas e lá, temos a revelação de que uma parte importante do plano dos Cylons já se cumpriu. Aparentemente Gaius e Number Sex são pais da primeira criança híbrida. Um mix de humano e máquina, algo jamais imaginado nessas proporções. Acredito muito no potencial dessa história e já sabemos que vem mais um rebento por aí, filho de Helo e Sharon. Esses dois, aliás, estão num impasse. Em Caprica, Helo não consegue aceitar a ideia de que ama um Cylon. Além disso, está óbvio que todos terão de aprender como conviver, já que o segredo sobre Boomer e suas várias cópias chega ao fim. Em Caprica, Starbuck, em busca da flecha que indicará o caminho para a Terra, sobrevive à luta com Number Sex e ao encontrar os dois colegas, percebe que está lidando mesmo com um Cylon.
Na Battlestar Galactica, muitas crises acontecendo. Além da necessidade de criar estratégias para conseguir chegar até Kobol, que está cercada de inimigos. A primeira delas é gerada por Laura Roslin, que vai contra o acordo feito com Adama e coloca Starbuck em perigo, só para constatar se, de fato, as escrituras estão certas. Chega o momento de um golpe militar,o clima fica tenso e Lee (paunocu) Adama, resolve dar uma de garoto prodígio, ir contra o pai e Comandante para proteger os interesses da presidente e da democracia. Nesses momentos é que tenho mais certeza de que o apelido nele deveria ser o que eu designei e não Apollo.
Além disso, temos a crise existencial de Boomer, que depois de uma conversa muito animadora com Gaius, resolve se matar. O problema é que ela é tão burra que não consegue fazer o serviço direito e acaba só com a bochecha furada de bala. Depois, sai numa missão importantíssima e destrói a base Cylon estabelecida ao redor de Kobol. O problema é que lá ela confronta dezenas de suas cópias e isso traz mais consequências do que se pode imaginar. De volta à Battlestar Galactica, Boomer já um Cylon ativado e atira sem dó no Comandante Adama, no que parece ser uma morte óbvia.
Com tantas descobertas e fatos novos, a segunda temporada deve começar com tudo. Pelo menos, eu não espero nada diferente. Agora, é só esperar para ver desenvolvimento de toda essa trama e o destino da humanidade que acontecem, como tudo em Battlestar Galactica, no banheiro mais perto de você.
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