Ainda numa safra de episódios bons, Nip/Tuck aposta numa fórmula há muito esquecida. Dessa vez, ainda tivemos as bizarrices de sempre, mas o foco principal voltou a ser a parceria entre Christian e Sean.
A crise entre eles se instaura quando Brenan, irmão de Sean, que todos pensavam estar morto, reaparece. Viciado em drogas e parecendo um trapo humano, ele apela para Sean que começa a “operação belezura” naquela carinha cheia de feridas e dentes podres. Christian, que passa por dificuldades financeiras, vê seu empréstimo ir embora quando o amigo e sócio prefere aplicar a grana na recuperação de Brenan.
A história toda que se segue, com as acusações de Christian sobre a índole de Brenan, possíveis roubos e ainda o homem sem nariz, serve mais para mostrar, mais uma vez, que o Dr. Troy é do tipo que faz tudo em nome de seu interesse próprio. Por trás da máscara de melhor amigo, ele faz empréstimos altíssimos e falsifica a assinatura de Sean, o que pode e deve contribuir para um enorme briga, a falência e o rompimento entre eles. Não que isso seja novidade. Já aconteceu antes, mas talvez, a separação dessa sociedade seja o desfecho final da série, que já caminha para seus últimos episódios.
Além disso, tivemos a história de Benny Nilsson, que revive em Christian os momentos de abuso sexual na infância. O rapaz tem uma relação bastante diferente com o pai e faz uma cirurgia para se parecer mais com ele e agradar mais os, digamos assim, clientes de luxo, que adoram ver papai e filhinho em ação. Tivemos, portanto, mais cenas com cara de comecu, que estão virando tradição na série e o desfecho é aquele óbvio. Depois de Christian brigar com papai Nilsson, filhinho Nilsson pode viver tranqüilo, mas prefere ficar com o velho, porque acredita mesmo no amor dele. Quer dizer, não entendi o motivo da choradeira e da reclamação. Em minha opinião, Benny só queria chamar a atenção e conseguiu. Agora, vai levar tapinhas na bunda, com um típico menino levado.
0 Comentários
