Quando vejo um episódio como “Colonial Day” é que afasto de mim a ideia rasa de que Battlestar Galactica é uma série de ficção científica para nerds.Assisti-la, requer sim, atenção e inteligência, para apreciar os melindres de política e estratégia.
A crise deflagrada pela invasão dos Cylons é sem proporções e, por isso mesmo, tipos como Tom Zarek, terrorista e aproveitador, querem dominar a situação. Sangue frio, paciência e preparação são necessárias para enfrentá-lo no dia em que os representantes eleitos para as 12 colônias se reúnem pela primeira vez desde o ataque.
É a oportunidade perfeita para Zarek controlar a situação e ameaçar o poder de Laura Roslin. Sua jogada em exigir a escolha de vice-presidente é genial, mas ele simplesmente não contava com a astúcia de Gaius Baltar, ou melhor, com o carisma do cientista mais amigo dos cylons que já se viu.
Gaius não é a primeira aposta da presidente, mas sua eloqüência e popularidade a elevam até ele. Em mais cena de banheiro, o destino da frota é decidida no puxar da descarga. Gaius aceita concorrer e, com o empate entre ele e Zarek, Roslin pode escolher seu braço direito.
Essa é apenas uma vitória temporária, no entanto, já que em seis meses, Zarek pretende se candidatar à presidência e o páreo será duro. Ele tem muitos apoiadores, praticamente metade da população restante e somente um crescimento na popularidade de Roslin a levará a uma vitória. Nessa toada, muitos problemas estão para chegar, já que Ellen Tigh é uma espiã de Zarek, próxima demais de homens com o Comandante Adama e capaz de tudo para conseguir o que quer.
Mas, enquanto as eleições não chegam o clima entre Lee e Kara começa a esquentar, especialmente depois de ele vê-la num vestido. Em Caprica, Helo começa a perceber que os Cylon agora são cópias dos humanos e se surpreende ao descobrir que Boomer é um deles. A surpresa maior porém, é que no momento da verdade, ela mata os seus e salva Helo, prova concreta de que os Cylons também amam.