sábado, 2 de abril de 2016

Grey's Anatomy 12x16: When It Hurts So Bad


Tudo em seu tempo ao mesmo tempo.

Mesmo que não tenhamos deixado o hospital totalmente de lado, o episódio dessa semana mostrou uma Grey’s Anatomy um tanto diferente. Não sei quanto a vocês, mas eu sempre fico ponderando sobre o tempo desses personagens fora do ambiente de trabalho e, dessa vez, vimos vários deles no meio de uma crise – que na verdade eram várias crises – acontecendo fora do contexto com o qual estamos acostumados.

A crise de Meredith foi muito pertinente, talvez um pouco exagerada, mas ainda sim, pertinente. Dois anos se passaram desde a morte de Derek e dizer que é preciso seguir em frente é uma ideia básica e fácil de aceitar, mas há de existir algum conflito emocional, especialmente para uma mulher que viveu momentos tão intensos ao lado do marido, quando ele era vivo (seria estranho se fosse depois dele morrer, mas achei melhor delimitar para ninguém ficar na dúvida).

Claro que aquela gritaria foi além do que eu jamais esperei, mas no meio da crise houve um toque cômico. Thorpe saiu com cara de susto, enquanto Maggie e Amelia lidavam com a intensa sessão de limpeza que deixou o episódio 100% livre de germes. Foi um exemplo de sororidade o modo como elas entraram no ritmo de Meredith e ao lado dela, foram lidando com seus próprios problemas, todos convergindo ao mesmo tempo. Alex, também foi um querido, amigo e protetor, cumprindo seu papel de “nova pessoa” da Meredith, assim como Cristina faria em outras épocas.

Ao final, Meredith faz as pazes consigo mesma e decide que tudo acontecerá quando tiver que ser. Surpreendentemente, Thorpe não foge dessa e mostra que é moço sério, respeitador, pra casar e não pra ficar, de apresentar para a mãe. Ou insiram aqui o comentário babaca misógino que preferirem. Mas ele é um fofo, sim. Pelo menos até agora está aprovado.

Para Amelia e Maggie, o tempo também faz diferença. Para a primeira é hora de se resguardar. Está na cara que um relacionamento com Owen (que está frágil nesse momento) a afetaria de forma negativa, então o afastamento foi a coisa mais esperta que ela poderia fazer por si mesma. Para a segunda, é hora de recuar e manter a dignidade. Maggie não fez nada para merecer ser tratada com frieza e DeLuca poderia ser simplesmente honesto. Não que eu não entenda o que ele sente e como pensa ao querer provar seu valor sem a ajuda de ninguém, mas existem modos melhores para resolver as coisas, levando em conta que até agora o histórico do casal era muito positivo.

Nessa mesma toada, pelo menos Penny teve um resultado melhor, mas achei que Callie deu uma vacilada bem grande com ela. A sorte é que Penny está acima de picuinhas, porque sinceramente, até eu fiquei ofendida com aquela história de dizer que Arizona é quem causava problemas por causa de Sofia que agora já tem quase 30 anos e está pra entrar para a equipe do hospital.

Quem veio para abalar as estruturas de April é a amada sogrinha Catherine Evil, digo, Avery. Confesso que soltei uma baita gargalhada quando ela revelou seu plano megaevil para o filho que ficou com cara de paspalho enquanto ao fundo se ouvia uma gargalhada de bruxa (ok, sei que é da minha imaginação, mas me deixem ser feliz).  Aquilo tudo foi de uma baixeza tamanha que eu não pude encarar de outra forma que não fosse maniqueísta ao extremo. Avery só quer ser pai desse bebê. April só quer proteger essa criança. E Catherine é uma mãe igualmente protetora e capaz de tudo para que seu pobre filhinho adulto não seja prejudicado.


Agora, para finalizar, como não aplaudir o plot da “escalada do monte Everest”? Parabéns roteiristas, vocês foram maravilhosos. A cada explicação de como a moça ficou toda desmontada a coisa ficava mais surreal. E ainda tivemos o plus de Stephanie contando sua experiência com o Kid Bengala. É por essas e outras que Grey’s Anatomy tá aqui: linda, renovada para a 13ª temporada e prestes a ser a maior audiência da ABC.
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