Tudo em seu tempo ao mesmo tempo.
Mesmo que não tenhamos deixado o
hospital totalmente de lado, o episódio dessa semana mostrou uma Grey’s Anatomy
um tanto diferente. Não sei quanto a vocês, mas eu sempre fico ponderando sobre
o tempo desses personagens fora do ambiente de trabalho e, dessa vez, vimos
vários deles no meio de uma crise – que na verdade eram várias crises –
acontecendo fora do contexto com o qual estamos acostumados.
A crise de Meredith foi muito
pertinente, talvez um pouco exagerada, mas ainda sim, pertinente. Dois anos se
passaram desde a morte de Derek e dizer que é preciso seguir em frente é uma
ideia básica e fácil de aceitar, mas há de existir algum conflito emocional,
especialmente para uma mulher que viveu momentos tão intensos ao lado do
marido, quando ele era vivo (seria estranho se fosse depois dele morrer, mas
achei melhor delimitar para ninguém ficar na dúvida).
Claro que aquela gritaria foi
além do que eu jamais esperei, mas no meio da crise houve um toque cômico.
Thorpe saiu com cara de susto, enquanto Maggie e Amelia lidavam com a intensa
sessão de limpeza que deixou o episódio 100% livre de germes. Foi um exemplo de
sororidade o modo como elas entraram no ritmo de Meredith e ao lado dela, foram
lidando com seus próprios problemas, todos convergindo ao mesmo tempo. Alex,
também foi um querido, amigo e protetor, cumprindo seu papel de “nova pessoa”
da Meredith, assim como Cristina faria em outras épocas.
Ao final, Meredith faz as pazes
consigo mesma e decide que tudo acontecerá quando tiver que ser.
Surpreendentemente, Thorpe não foge dessa e mostra que é moço sério,
respeitador, pra casar e não pra ficar, de apresentar para a mãe. Ou insiram
aqui o comentário babaca misógino que preferirem. Mas ele é um fofo, sim. Pelo
menos até agora está aprovado.
Para Amelia e Maggie, o tempo
também faz diferença. Para a primeira é hora de se resguardar. Está na cara que
um relacionamento com Owen (que está frágil nesse momento) a afetaria de forma
negativa, então o afastamento foi a coisa mais esperta que ela poderia fazer
por si mesma. Para a segunda, é hora de recuar e manter a dignidade. Maggie não
fez nada para merecer ser tratada com frieza e DeLuca poderia ser simplesmente
honesto. Não que eu não entenda o que ele sente e como pensa ao querer provar
seu valor sem a ajuda de ninguém, mas existem modos melhores para resolver as
coisas, levando em conta que até agora o histórico do casal era muito positivo.
Nessa mesma toada, pelo menos
Penny teve um resultado melhor, mas achei que Callie deu uma vacilada bem
grande com ela. A sorte é que Penny está acima de picuinhas, porque
sinceramente, até eu fiquei ofendida com aquela história de dizer que Arizona é
quem causava problemas por causa de Sofia que agora já tem quase 30 anos e está
pra entrar para a equipe do hospital.
Quem veio para abalar as
estruturas de April é a amada sogrinha Catherine Evil, digo, Avery. Confesso
que soltei uma baita gargalhada quando ela revelou seu plano megaevil para o
filho que ficou com cara de paspalho enquanto ao fundo se ouvia uma gargalhada
de bruxa (ok, sei que é da minha imaginação, mas me deixem ser feliz). Aquilo tudo foi de uma baixeza tamanha que eu
não pude encarar de outra forma que não fosse maniqueísta ao extremo. Avery só
quer ser pai desse bebê. April só quer proteger essa criança. E Catherine é uma
mãe igualmente protetora e capaz de tudo para que seu pobre filhinho adulto não
seja prejudicado.
Agora, para finalizar, como não
aplaudir o plot da “escalada do monte Everest”? Parabéns roteiristas, vocês
foram maravilhosos. A cada explicação de como a moça ficou toda desmontada a
coisa ficava mais surreal. E ainda tivemos o plus de Stephanie contando sua
experiência com o Kid Bengala. É por essas e outras que Grey’s Anatomy tá aqui:
linda, renovada para a 13ª temporada e prestes a ser a maior audiência da ABC.