Saber a hora de parar também é importante.
Ninguém discordo que esse é um dos melhores anos de toda Grey's Anatomy, não é mesmo? Episódios ótimos, ritmo excelente, desenvolvimento dos personagens indo de vento em popa até que tudo isso esbarra nos dois piores arcos da temporada colocados em destaque amplo num mesmo momento. Pois é. Essa semana foi um verdadeiro teste de paciência para qualquer fã da série, inclusive para quem tem algum carinho pela nossa realeza dos dramalhões desnecessários: Drama Queen April e Drama King Owen.
Não estou dizendo que o episódio foi inteiramente ruim, mas não chegou a ser bom o suficiente ou a marcar positivamente. É mais um desses para gente esquecer o quanto antes por não trazerem nada de muito útil. Vale dizer que os dois casinhos da semana acabaram sendo mais chamativos que os desdobramentos para velhos problemas (que não são problemas). O com a adolescente grávida serviu para colocar April no lugar de Arizona e encerrar a questão ética "você contou pro Avery antes de mim".
O outro, teve como destaque a participação de Wilmer Valderrama fingindo ser sedutor da pior maneira possível, mas pelo menos com algum teor cômico, enquanto Stephanie ficava tentando destruir Penny e colocar a colega para baixo. Acho engraçado como todo mundo implica com a coitada o tempo todo e agora, com essa bolsa para estudar e viajar o país, ela ainda vai ter brigas com Callie, já que rolou um estresse ali, disfarçado de "nossa miga, vamos comemorar sua conquista", quando na verdade Callie tava é puta da vida com a coisa toda.
O lance de Meredith e Amelia foi até que engraçadinho, mas chega também. Essa irmandade briguenta já passou do ponto e pode se juntar à lista de coisas que já passaram da hora de parar nessa série. Claro que nada se compara aos plots de April e Owen, tanto que deixei isso para o fim por pura vontade de nem tocar mais no tema.
April está toda errada. Sim, aquela sogra dela é uma megera, mas é patético ver que ela, conhecendo bem Jackson, prefere tomar uma atitude escrota contra o cara sem ter uma conversa com ele antes. Acho que já é a décima vez que ele finge que vai fazer o que Catherine sugere e faz apenas o que o coração dele manda. Ou seja... April vacilou feio e vacilou rude. Ela, desde o começo dessa gravidez, não está disposta a diálogo algum e vem provando isso dia após dia. O egoísmo continua rolando solto e essa nem a pior parte. O pior é que já sabemos como essa história acaba. Os dois se unem por causa do bebê, casam novamente e nós é que somos os tontos que tem que ver isso se arrastando.
Mas nada se compara aos ataques de pelanca de Owen. Uma coisa surreal. Tudo que Riggs faz é uma afronta pessoal à ele e isso passou do ponto no momento em que alguém decidiu que essa história deveria ir ao ar. Estamos presos. Nada anda ali. Owen tem suas explosões. Riggs foge. E todo santo episódio esse ciclo se repete. Aliás, Riggs entrou na série a troco de nada, aparentemente. Tem duas ou três cenas com dois ou três diálogos idiotas e sem sentido e some. Grande problema, que precisa ser resolvido para ontem, porque nós não suportamos mais um dia disso.
E tem outra: adoro Richard, mas esse casamento dele com a Catherine é algo inexplicável. Não pelos arranjos do casal, mas pela falta de qualquer coisa entre os dois. Richard é legal, um doce de pessoa e ela é... Bom, cada um que defina como quiser, mas eu diria que Catherine é complicada (e nada perfeitinha). Preferia mil vezes quando Richard só se envolvia com a mulherada do Alzheimer. Bons tempos.