Infinitas possibilidades.
Depois de um episódio forte e
cheio de emoções, Grey’s Anatomy volta à sua rotina, numa semana que traz
reflexões sobre tudo o que está acontecendo com os personagens – e não apenas Meredith
– sem deixar de lado aquela dose de tragédia. Sem novos espancamentos, ganhamos
uma explosão de ambulância e uma adolescente com câncer, sempre seguindo a
máxima de que se ninguém morreu, estamos diante de um dia bom.
Entremeados pelas sessões de
terapia de Meredith, os acontecimentos apontavam basicamente para os
relacionamentos. A verdade é que, no fim das contas, ninguém quer realmente
ficar sozinho e, embora essa pareça ser uma afirmação bem óbvia, Meredith
precisou de uma ajudinha e de muita conversa para entender isso de vez.
É interessante notar que ótica da
personagem varia entre o otimista e a amargura. Natural depois de tantas perdas
e tantos baques, mas convenhamos, todos rimos quando ela ressalta que sua ficha
está repleta de tragédias e que um espancamento pode até ser tratado como pequeno.
Essa opinião, aliás, logo se revela como
fachada. Meredith, apesar de forte, ficou abalada com tudo o que se passou e
aos poucos permite que vejamos o quanto precisa de apoio. Um apoio que ela já
tem, mesmo diante da dificuldade de percepção. Maggie, Karev, Owen, Bailey, Richard,
Callie e mesmo Amelia, estão lá para ela e vice-versa, então agora resta
recomeçar. E o que fazer quando tudo é possível? Que caminho escolher daqui em
diante? Meredith vai ter que decidir o
que deseja e se não estiver bom, basta escolher de novo, até acertar. Aliás,
esse é um belo ensinamento para todos nós. Podemos nos sentir presos a algumas
decisões, mas mudar é fácil na mesma proporção em que é assustador.
Uma das possibilidades para o
futuro de Meredith pode ser Karev, no quesito romance. Cheguei a dispensar a
ideia depois do episódio anterior, mas continuam plantando a ideia
gradativamente. Quando o terapeuta pergunta se ela tem sentimentos por ele,
Meredith ri em deboche, mas às vezes tratamos o óbvio como ridículo, quando não
é. Jo, honestamente, não tem função na série além de ficar na indecisão, então
vou seguir apostando que ainda há possibilidades de mudança no curso das
coisas.
Outra opção para Meredith seria
Nathan, mas os dois sequer se cruzam na série. Além disso, ele está mergulhado
nesse drama com Owen no momento, o que, aliás, começa a ficar irritante.
Ninguém quer falar o que aconteceu e já passamos da fase da expectativa para a
fase da enrolação. Dois marmanjos brigando o tempo todo, cheios de imaturidade,
dando murro em ponta de faca a troco de nada. Dá apenas para juntar pedaços: os
dois são amigos de faculdade, Nathan se envolveu com a irmã de Owen e a moça
morreu por culpa dele (ou algo assim). Ok. E? Se não derem logo o quadro
completo correm o risco de perder a história toda, porque a paciência está no
fim.
Como todo mundo está à procura de
alguém, as meninas tentam saber o que os homens querem, perguntando justo para Ben,
o mais tranquilo de todos, que só pensa em ir pra casa ficar com Bailey.
Stephanie continua avulsa na parada, Penélope acaba com a enrolação e
literalmente coloca Callie contra a parede e Jo... Aff, que preguiçaaaaaaaaa
dessa molier. E por mais bobo que seja, sigo amando o namorico de Maggie e
DeLuca, que ganha conselhos de Richard, numa cena estranha para quem sabe quem
é quem nessa série.
Dentre os casos da semana, a
garota com câncer chama mais atenção que a explosão da ambulância, mas
principalmente porque a trama vem para levantar ainda mais Karev e nos mostrar
que ele é um profissional competente e que se importa com seus pacientes. SE
não estão tentando transformá-lo no “macho-alfa” de Grey’s Anatomy, mesmo que
sutilmente, não sei mais o que pode ser.