Sister-kisser.
Essa semana Orphan Black resolveu
inovar. Além de colocar Cosima em perigo real, fomos apresentados a uma nova
clone, ou deveríamos dizer: a um novo clone? Tony tem “um quê a mais”. Barba,
cabelo e bigode, numa dose de testosterona meio bizarra, mas que funciona
porque Tatiana Maslani é mais do que uma atriz plural, capaz de enfrentar
várias facetas num mesmo episódio.
Começo a achar que ela tem algum
acordo com o Capiroto, porque só isso justifica mais uma atuação tão bem
colocada. Ficou bizarro. E esse era o objetivo. Tão bizarro que fiquei vidrada
em cada cena de Tony, em sua estranha dinâmica com Felix. Foi tudo tão “fora da
caixa” que não me surpreendi com o beijo que consagra Felix como “sister-kisser”.
Dualidade sexual é apelido para a situação.
Numa temporada que, pelo menos
até aqui, não passa de mediana, a flexibilidade de Maslany está fazendo a
diferença. Pelo menos quando o assunto são clones a coisa continua
interessante. Tony traz uma mensagem para Beth e descobrimos que Paul é um
fantasma. Além da questão religiosa, que foi esquecida e não fez falta nos dois
episódios mais recentes, temos que lembrar do envolvimento dos militares nessa
bagunça. Como é tudo muito encoberto e quase não explorado no roteiro, é fácil
esquecer, mas parece que esse pode ser um bom trunfo para o final de temporada,
junto das questões cientificas, é claro.
Outra novidade é que Sarah (e
Helena) são clones que deram errado. A incapacidade reprodutiva era um objetivo
claro na constituição genética. Sarah e Helena devem ser as provas vivas de que
é impossível deter a natureza e que mesmo diante do ambiente laboratorial controlado,
a ciência não se sobrepõe em 100% das vezes. Tanto é que, essa tal cura
sintética de Ethan vai falhar e apenas Kira, a criança que jamais deveria
existir, será a salvação para a doença das clones. Para isso, no entanto, ela
teria que doar medula óssea e não sabemos o quanto dessa invasão física seria o
bastante. Talvez Ethan tenha um plano especial para Kira, agora que ela está em
poder de uma versão comentada super especial de “A Ilha do Dr.Moreau”.
A única clone que não me convence
é Rachel. Talvez porque, dentre todas, ela seja a mais maniqueísta, chegando a
quase ser uma vilã de desenho animado. A frieza dela, seus ataques secretos e
sua crueldade implícita a tornam uma personagem boba e que não cria o mesmo
interesse que as demais.
Sobre Cosima, realmente acho que
ela pode morrer. Eu respeitaria a decisão, uma vez que a personagem ficou
bastante presa no “plot da tosse” e no eterno “confia-desconfia” com Delphine.
Particularmente, acho isso tudo bem chato quando comparado com as maluquices de
Helena e até as atitudes de Alisson, que vai ensinar a Donnie como se livrar de
corpo e provas de assassinato. Pelo menos é o que parece.
P.S*Detetive Art só serve pra
comprar cerveja.
P.S*Cosima rainha dos nerds.
P.S*Tenho medo de qualquer adulto
(que não seja Sarah ou Felix) perto de Kira. Lançam olhares muito nojentos pra
coitadinha.
P.S*Não entendo a bipolaridade de
Cosima e Delphine. Aquilo não faz sentido.
P.S* Rachel não deve saber que Leekie
morreu, nem como. Se soubesse usaria de alguma maneira.