quinta-feira, 17 de abril de 2014

Glee 5x16: Tested



Um episódio de Glee pra ver usando camisinha.


Não sei dizer exatamente que rumos estão tentando dar para a finalização dessa 5ª temporada de Glee, mas é de notar que os roteiristas não estão muito preocupados com desenvolvimento de alguma storyline ou que simplesmente escolheram levar tudo em banho-maria até que cheguemos à temporada final que, segundo consta, terá salto temporal e será um recomeço (ou o recomeço para o fim).

Fato é que, tirando pequenezas, nada de impacto está acontecendo com os personagens. Tirando Rachel e sua carreira na Broadway com a estreia de Funny Girl, ficamos presos numa estática de relacionamentos. É a espiral de conflitos entre Kurt e Blaine, Sam e Mercedes.  Um pouco de Artie aqui e ali, para dar uma variada, mas basicamente, o tão esperado núcleo de NY se resume a isso.

Semana passada, não escondi minha frustração, sentimento que diminuiu com “Tested”, porque confesso, consegui me divertir em muitos momentos. Não foi assim, um episódio maravilhoso e a série enfrenta os problemas que já citei, mas tudo bem, não acho que desperdicei meu tempo. Dei algumas risadas, gostei de 50% das músicas e principalmente, vi vantagem nos diálogos pontuais entre Rachel e Mercedes.

Desde a morte de Finn na série eu me perguntava como iriam fazer com a vida amorosa de Rachel. Extingui-la? Até agora, o foco da personagem foi apenas profissional, mas em algum momento o assunto “romance” precisava aparecer. Os diálogos sobre sexo e relacionamento foram bons, maduros. Um desses momentos em que vemos sanidade em Rachel, sendo boa amiga, boa conselheira e consciente de que, apesar de tudo, não poderá se fechar numa bolha pra todo sempre.

A história toda de Mercedes, por mais que eu deteste a personagem, é aceitável e acontece de verdade. Só que eu, no lugar dela, teria de ir para Las Vegas, me casar com Sam na mesma hora, porque esse lance de esperar até o casamento não seria uma opção viável. Não deixei de notar a ironia dela cantando na igreja e pensando em “dar ou não dar”.

Enquanto ela berra loucamente e me faz revirar os olhos e afastar os fones de ouvido com “I Want to Know What Love is” e “Let’s Wait Awhile”, Sam é só doçura e gostosura, com suas piadinhas pontuais em diversos momentos do episódio. Ele fez o plot de Artie ser muito melhor do que era, com cada reação ensaiada às revelações sexuais do amigo.

Aliás, pobre Artie, vestido de clamídia nessa campanha maluca de Glee contra DST’s e bancando o pegador, agora que está na faculdade e o “alternativo” impera. “Addicted to Love” é uma das músicas de que gostei no episódio.

Sobre a campanha pelos testes d saúde e uso da camisinha: É um tema pertinente e foi tratado com bom humor, então, honestamente, apesar de ser super randômico, aprovo a iniciativa que vestiu os meninos de marinheiros e abusou do estilo de propaganda de uns 50 ou 60 passados.

Não é sem constrangimento que assumo ter me divertido demais com as cenas de comilança desenfreada de Blaine. Eu o olhava debulhando comida como um animal, se lambrecando de cheetos e folhados açucarados e apenas ria. Era tudo tão absurdo que eu ria sem parar. Tirando essa parte de gordices, no entanto, não entendo a insistência nesses plots com Blaine e Kurt em eterna briga. São sempre discussões idiotas e que diminuem a inteligência dos dois personagens. Agora, Kurt é um deus grego e Blaine come até pneu para compensar a frustração de não ser mais um macho alfa, mais gostoso, mais bonito e mais protetor que seu namorado. É de uma mesquinharia tremenda, apesar de Blaine ser bastante egocêntrico, tal qual Rachel, em muitos momentos.

No meio disso tudo, “Love is a Battlefield” foi interessante de ver, especialmente pela coreografia. Fico imaginando como deve ser bom ser aluno de NYADA e ter aulas de como ser um lutador greco-romano ou algo assim. A cada semana conhecemos mais uma classe bizarra e pelo menos nisso, Glee ainda não perdeu a mão.

Músicas no episódio:
“Addicted to Love” - Robert Palmer: Artie Abrams
“I Want to Know What Love Is” – Foreigner: Mercedes Jones
“Let's Wait Awhile” - Janet Jackson: Mercedes Jones & Artie Abrams

“Love Is a Battlefield” - Pat Benatar: Kurt Hummel & Blaine Anderson
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Blogger1993 disse...

Excelente site, excelentes textos. Parabéns ao autor.
Quando poder passe pelo o meu Blog e diga-me o que achou
Cumprimentos :)
http://omelhordasseriestv.blogspot.pt/

Regina Alves disse...

Saudades das reviews de Hart of Dixie!