quarta-feira, 19 de março de 2014

Glee 5x12: 100



100 dias com Glee.


Mais do que a celebração de 100 episódios exibidos (uma marca importante para qualquer série) o centésimo episódio de Glee veio para que nos despedíssemos de uma Era. Apesar de esse não ser o último episódio da série e de sabermos que ainda temos o sexto ano pela frente, as circunstâncias, muitas delas tristes e cruéis, nos trouxeram até aqui. Com 100 episódios completos, é hora de colocar uma pedra sobre o passado e recomeçar. É diante desse momento que estamos agora. Mudanças virão, mas antes, vamos reviver o que Glee já fez de bom. Vamos cantar as músicas que nos marcaram novamente, vamos aproveitar o clima de nostalgia antes desse novo (e final) capítulo.

Foi essa a minha sensação ao terminar esse episódio. Estava feliz por rever velhos conhecidos, por ver que alguns deles ganharam um desfecho tão merecido, por ver que aquelas antigas piadas sobre a própria série estavam ali. Não que eu ache que Glee tenha perdido essa veia cômica e essa tendência de sempre fazer graça de seus erros, mas com tantos personagens antigos voltando, ficou mais evidente.

E é claro que esse não foi o melhor roteiro de Glee ou o “melhor episódio ever”. Não foi nada disso, mas foi um episódio muito bom de ver e que dá vontade de rever. Isso é o mais importante. Fazia tempo que eu não queria assistir tudo de novo, logo depois de acabar. Dessa vez eu quis e ainda quero, talvez porque não tenha lembrado só dos bons momentos que Glee já me proporcionou, mas tenha lembrado também da delícia que era The Glee Project, mas confesso que o retorno de um tal “Fondue for Two” foi algo que me conquistou de imediato.

Foram muitos e incontáveis elementos que fizeram essa semana especial. E ainda tem mais por vir. O fato de as canções terem sido eleitas pelos fãs é outra vantagem e só pude comemorar ao ver como algumas novas versões ficaram ainda melhores. E a história toda que levou o pessoal de NY para Lima e trouxe de volta figuras como April e Holly foi bem feitinha.

O fim do New Directions foi a oportunidade perfeita para reunir essas pessoas, principalmente os lindos do elenco original. Estava LOUCA de saudade de Brittany S.Pears! Adorei ver Quinn deslumbrante, com seu namorado almofadinha, Puck de farda, bancando o homem adulto e Mike Chang sendo Mike, sem falas e sem música, mas dançando mais do que qualquer no mundo.

Devo confessar, na verdade, repetir, que detesto todas as participações de Kristin Chenoweth em Glee. Continuo nessa e não achei nada de muito bom pra falar dela. Talvez o lance do alcoolismo seja algo a salvar, porque no fim das contas, quando ela e Holly se unem, temos duas louras, loucas e bêbadas na missão de salvar o Glee Club da extinção. Em termos musicais, porém, a coisa deixa a desejar. Sou adoradora de “Raise Your Glass”, mas Kristin não nasceu pra cantar essa música. Talvez ela seja ótima num musical da Broadway, mas a voz dela é... Igual a de um chipmunk. Sim! Kristin deveria estar no elenco de Alvin e os Esquilos.

Além disso, não sei mesmo que tanto as pessoas querem ver April de volta. Tirando a época em que ela deu ao New Directions um lugar para ensaiar e se apresentar, nunca fez a menor diferença, mas enfim, nem vamos entrar nesse mérito, porque no episódio ela vem para tentar repetir sua saga heróica, mas não consegue. Já Holly é mais carismática e faz cosplay de figuras históricas. Não é minha participação especial favorita, mas ela sempre conseguiu ser surreal e divertida. Até que gostei de “Happy” e da presença verborrágica da personagem que agora faz aulas “pop-up”, inesperadas e indesejadas.

O que realmente fez a diferença foi o retorno de Quinn e Britanny. Minha impressão é a de que 90% dos Gleeks são viúvas de Quinn Fabray, de tanto mimimi sobre a saída da personagem e sobre como Lea Michele (!) armou uma macumba da boa para limar a inimiga de elenco. Pois bem: Quinn voltou, minha gente. Estava linda e toda trabalhada no golpe do baú. Ela só tinha que casar com o Homem Samambaia de Gossip Girl pra ficar com a vida ganha. Mas no caminho tinha uma pedra. Ou um Puck. E é claro que esse relacionamento com o almofadinha de Yale iria acabar com o casal mais disfuncional de Ohio voltando a ficar junto. Foi tudo muito fofo, pra ser bem honesta. E um fofo bom e definitivo, porque vem para encerrar (ou pelo menos dá a sensação de encerramento) a história desses dois personagens. Era apenas justo que nos dessem isso.

Sendo assim, como não adorar “Toxic” e sua pegada meio tango? The “Unholy Trinity” de volta, sensualizando demais e mostrando porque as cheerleaders que vieram depois não vingaram (Beijo Véia, você ainda é maravilhosa!). E reparando nas danças das três, mesmo quando não estavam cantando alguma canção, era possível ver trechos de coreografias antigas e memoráveis inseridas ali. Outra confissão que preciso fazer é sobre “Keep Holding On”. Cantei MESMO! Gostei muito de ouvir de novo e tive aquela sensação de estava sendo eliminada de TGP.

Mesmo muito, muito, muito cansada das agressões de Santana à Rachel (pra mim, perdeu a graça e virou uma chatice), ela ao lado de Britanny é indispensável.  Teve química, teve humor, teve doçura. Acho que Britanny era importante para que Santana não se tornasse “over”. E fora isso, Britanny brilha com as piadas em que descobre cálculos horrendos com um chute e ainda mais nas entrevistas acachapantes do Fondue For Two. Sambou na cara de Rachel e Mercedes, sem precisar usar da estupidez de Santana. O xadrez humano foi outro ápice, assim como a lendária coreografia de “Valerie”, ao lado de Mike, Jake e Santana. Bons tempos em que as músicas de Glee eram energéticas.

O que fica no patamar do “já deu” é a rixa Mercedes X Rachel. Rachel já venceu e faz um tempão, só queria avisar quem ainda não se tocou. Mercedes é, talvez, a mais dispensável das aparições, mas Amber Riley tem algum segredo de titia Ryan Murphy guardado no bolso e usa isso pra ficar se inserindo nos episódios. Gosto muito de “Defying Gravity”, mas foi bem pouco empolgante. Kurt, Rachel e Mercedes cantaram e não me encantaram, mas acho que a mesmice do “sou mais diva” ajudou no desgaste.

Aliás, quando é que Kurt vai ter um plot? Será que o presente de April – a frasqueira de uísque - foi uma dica de que ele viverá dias de bebum depois de casar com Blaine e perceber que cometeu um erro? Sim, concordo, precisamos de mais casamentos adolescentes.

Claro que no meio disso tudo, muitas ponderações vieram. Se esse é o fim do Glee Club, o que vem depois? Existe vida além do New Directions? Acho que é com essa possibilidade que esse centésimo mexe e parece bom. Pelo menos, parece melhor do que o que estamos vivenciando hoje, nos episódios mornos da temporada. Como agora a coisa esquentou, vamos esperar que o 101 faça ferver. E que tudo o que vier depois, seja para que Glee faça sua temporada final, deixando em nós a sensação de “quero mais”.

P.S* Rachel tá sabendo bem o nome de Rick. Opa, RYDER.
P.S* Piada pesada a de que Unique não vai fazer sexo por muito tempo. Nojo da April aumentou nessa fala.
P.S* Jake dividido entre Rachel e Mercedes: Uma é judia, uma é negra. Qual escolher?
P.S* Peraí, tem dois gatos num amasso? Tem sim!
PS* Quer dizer que Mercedes escondeu seus talentos como dançarina pra escapar do esforço nas corêos do ND? Boa sacada e boa referência ao DWTS.
P.S* Vamos terminar nosso vinho e depois salvar o Glee Club!
P.S* Pra ser bem sincera, eu queria que um dia, a gente pudesse comemorar 200 episódios de Glee.

Músicas no episódio:
"Raise Your Glass" - P!nk: Will (Matthew Morrison), April (Kristin Chenoweth) e New Directions
"Toxic" - Britney Spears: Quinn (Dianna Agron), Santana (Naya Rivera & Brittany (Heather Morris)  
"Defying Gravity" – Wicked:         Mercedes (Amber Riley), Rachel (Lea Michele) e Kurt (Chris Colfer)      
"Valerie" - Amy Winehouse: Santana (Naya Rivera) e Brittany (Heather Morris)          
"Keep Holding On" - Avril Lavigne:          Puck (Mark Salling)  
"Happy" - Pharrell Williams: Holly (Gwyneth Paltrow), April (Kristin Chenoweth), Will (Matthew Morrison), Blaine (Darren Criss) e Mercedes (Amber Riley)
Comentários
5 Comentários

5 comentários:

higor disse...

também queria muito comemorar os 200 episódios de Glee

Camilla disse...

Gente, que saudades de Glee da raiz!
Eu cheguei a chorar com Keep Holding On (saudades eternas, TGP!)
Brittany maravilhosa! April chatinha como sempre.

mayara disse...

"Bons tempos em que as músicas de Glee eram energéticas." Exatamente isso Camis!

Maria Leonor disse...

O episódio foi bom, foi ótimo, foi lindo, mas cadê as reviews de Once Upon a Time, Camis?

Maycon Ricarbene disse...

Cara depois da terceira temporada foi pra mim o melhor episódio!