Um episódio sem festa surpresa.
Levantando um pouco o astral de
Grey’s Anatomy, eis que ganhamos um episódio com um pouco mais de humor e
leveza para dar aquela variada. É claro que estamos longe daquele padrão mais
elevado, mas não dá pra exigir demais. Pelo menos tivemos lances divertidos,
especialmente no que diz respeito ao aniversário de Richard.
Estava na cara que iria acabar em
festa. Tudo muito bem articulado, inclusive a entrega do plano de
aposentadoria. É realmente pra querer matar um quando recebemos um “incentivo”
pé na cova desses. E Richard, cai como um patinho na mentira de todos,
inclusive de Bailey, que tenta compensar a falta de festa dando a seu mentor um
presente inesquecível: uma cirurgia rara.
Deve ser realmente difícil encontrar
alguém que tenha absorvido seu gêmeo no útero da mãe, crescendo em volta do
feto. Mas pelo menos em TV´s e filmes sempre vejo citação a casos assim, então
concluo que deve ser realmente algo impressionante e super legal de se
presenciar. O paciente teve as melhores reações e tudo foi levado ao extremo
pastelão da comédia, mas tudo se encaixou bem para esse caso, que foi muito bem
conduzido e trouxe até a cena em que Richard se vinga de Owen e o manda para o
fim da fila de curiosos.
Falando nele, já puxo logo
Cristina e sua obsessão em achar uma mulher para o ex. É um plot ridículo,
desculpem. Com esse não me diverti, porque estamos presos, como venho dizendo e
não tem motivo para Cristina fazer esse retrocesso quando já havia estabelecido
que ela e Owen não funcionam, apesar de todo sentimento entre os dois. Isso me
frustra, de certo modo. Para mim, o casal sempre foi excelente e empolgante,
mas a essa altura, cansei. Sandra Oh está de saída e até Dr. Burke vai aparecer
para entornar mais esse caldo. A troco de quê, pergunto?
Vejo um futuro obscuro para Owen,
porque nunca vão conseguir criar um novo romance significativo para ele. Não
depois de Cristina. Nesse caso, talvez fosse melhor que os dois personagens
saíssem, dando um final digno a ambos, porque se tem uma coisa que está provada
é que Owen já está convencido a viver nos padrões de Cristina. Pelo menos é
isso que leio nas atitudes dele. Melhor uma relação honesta e verdadeira a uma
cheia de filhos, mas com uma ligação fraca. Sei lá. Talvez seja coisa da minha
cabeça.
Fiquei tentando entender o drama
de Izzie, digo, Jo, em assinar o papel do RH dizendo que tem um namoro
consensual com Karev. O que ela pensa que isso significa? Casamento? Amiga,
deixa te atualizar sobre o mundo corporativo: isso é comum. Agora chega de
frescura, por favor. Chega de gastar tempo útil com uma história retardada
dessas. Outra desse patamar é a de Meredith, que manda a pobre Stephanie
observar a leitura de outrem. Minha Nossa Senhora da falta de Plot, a coisa tá
braba!
Para dar uma melhorada nas
coisas, a situação entre Derek e Callie foi outra que, bem conduzida, trouxe
humor ao episódio. Eu diria que essa trama, junto da de Richard, foi a
responsável por um episódio menos insuportável.
E digo, “menos”, porque houve
cenas absolutamente dispensáveis de Catherine Avery. Por mais que eu entenda
que ela ficou magoada com o filho pelo casamento de última hora, eu não sou
capaz de conceber uma atitude tão boçal. Passou dos limites do aceitável. Não
foi engraçado, não foi dramático, foi apenas um dos ataques de pelanca mais
ridículos da TV. Fiquei incomodada com tudo. Já acho a personagem “over”, mas
dessa vez superou qualquer parâmetro. Honestamente, acho que, no lugar de
Avery, eu faria igual ou pior. Quem é que suporta ter uma “mãe” dessas na cola?
Ela é praticamente uma terrorista, uma bully, uma pessoa negativa, agressiva e
desnecessária.
Queria que April mandasse pastar,
mas enfim, ficamos com a April apaziguadora e com a GRANDE polêmica (com a qual
ninguém se importa) sobre a religião da nova geração dos Avery. Gente, me
desculpem, mas se estamos ainda debatendo qual orientação religiosa vamos IMPOR
aos filhos não estamos prontos para ter filhos. Fica a dica pra April e Avery e
para quem mais servir. Oferecer opções e liberdade de escolha ainda é o melhor caminho.
P.S*Não me comovi nada com a
grávida de dezessete anos.
P.S* O bio-engenheiro é um doppleganger de Ross?