Todo mundo sabe que em época de ‘Valentine’s Day’, Clive e
Juliana podem ser vistos em bares, flertando loucamente e ensinando a todos
nós um pouco mais sobre a arte da sedução. Esse ano não foi diferente e, por
causa deles (e também dos outros personagens, sejamos justos) o episódio dessa
semana foi muito superior a seu antecedente, que parece ter sido um lapso nessa
temporada que, até aqui, se mostra ótima.
A divisão das histórias e núcleos funcionou perfeitamente,
dando tempo e espaço para que todos pudessem desenvolver suas histórias.
Começamos com a sequência clássica de Claire e Phil, cheia de cantadas
maravilhosas como “Você é um anjo? Porque parece que caiu do céu.”, além de
outras retiradas diretamente do twitter do pedreiro on-line. Com tanto charme,
Phil acaba fazendo Claire ter uma arritmia (ou assim ele prefere pensar) e no
meio da preocupação de todos, Claire tenta, apenas e simplesmente, não passar o
Dia dos Namorados em branco, por assim dizer. Não sei como Phil pôde resistir à
roupinha de patinadora profissional, que daria um tom Olímpico à coisa toda.
Isso sem esquecer da família toda envolvida no meio das tentativas frustradas
de sexo, afinal, Haley, Luke e Alex tem essa mania de irromper pela porta em
flagras desagradáveis.
Na mesma toada estava Manny, que me fez sentir profunda pena
de Jay, depois do longo período de seca pós-parto. Aconteceu de tudo ali. Além
da preocupação, de Fulgencio chorando, de Manny sendo potencialmente humilhado
(não sei como ele escapou!), de Lily e de uma casa inteira sendo preparada para
a segurança do bebê, ainda havia as dúvidas e comentários maravilhosos de
Gloria, que hora elogiava a masculinidade do marido e depois duvidava de sua
capacidade de “durabilidade”, digamos assim.
Cameron e Mitchell tiveram uma festa de arromba, mas o
principal foi a interação com Dylan. É tudo tão surreal que me faz desejar que
ele fique mesmo morando com os dois. Aliás, não existe casal melhor que Dylan e
Lily. O modo como essa menininha mostra quem manda e o faz pensar é
sensacional.Lily é absolutamente mais madura do que o namorado (ou ex-namorado,
está difícil acompanhar a timeline de Haley) da prima e deveriam investir mais
nessa dobradinha. A interação desses dois é fantástica.
O que realmente chama a atenção nesse episódio, além das
boas atuações, é mesmo o texto. É por episódios assim, que resgatam antigas
memórias e se utilizam de antigos recursos de roteiro, que vemos o poder de
Modern Family, que continua sendo uma das melhores comédias em exibição,
mantendo a regularidade. O episódio pode até não ser exemplo de genialidade,
mas prova o domínio sobre cada personagem e como a direção sabe potencializar o
talento de cada ator.
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