Parece que foi ontem.
Vou repetir minha frase inicial. Parece que foi ontem.
Parece, porque foi quase isso mesmo. Não faz muito tempo que nos despedimos da
1ª temporada de Switched at Birth, apelidada carinhosamente de “Trocadas”. O
melhor é que nem precisamos morrer de saudade dessa série fofurinha, porque na
ABC Family a coisa é doida mesmo e, de vez em quando, nos beneficiamos das
maluquices impostas pelo calendário da emissora.
O retorno foi bom, com algumas novidades surgindo, mas sem
deixar de lado a essência da produção. Não precisamos de grandes reviravoltas
para gostar de SAB, apesar de que essa Premiere vem com uma boa dose de
mudanças, a começar por Angelão, que ficou ainda mais lindo milionário (ou é
apenas impressão minha $$$).
Os dígitos polpudos na conta bancária de Angelo é que guiam
muitas das novas dinâmicas. A farta distribuição de presentes caros acaba
criando motivações para todos os personagens. Algumas são para melhor, outras
vem cheias de conflitos. Um exemplo ótimo é o caso de Daphne, ainda chorando as
pitangas por chef Jeff. Nem achei que voltariam nesse assunto, mas gostei que
não esqueceram totalmente. Foi uma boa desculpa para enfiarem uma lanchonete
ambulante na história e impulsionar a carreira culinária de Daphne. Além disso,
não nego ter adorado a bronca que ela toma de Melody, que afinal, fala boas
verdades, num momento muito preciso.
Minha dúvida é sobre o futuro romântico de Daphne, que está
com duas possibilidades em aberto. Ou o novo aluno de Carlton ou talvez,
Travis. Digo isso porque o personagem está na série faz tempo e nunca ganha uma
motivação maior. Tudo bem que ele não é exatamente um galã adolescente, mas
acho interessante o background dramático que ele traz, com seus problemas
familiares e o envolvimento com os Kennish. Paixonite por Daphne ele também já
tem, então, talvez seja algo legal a explorar, lembrando que o casal formado
por Bay e Emmett era tão improvável que deu super certo.
Outra história em aberto é justamente essa. Mencionei o
aluno novo e não foi à toa, porque o moço ou vai se envolver com Bay ou com
Daphne, afinal, as duas vão frequentar a mesma escola. Sei que Bay está de
mudança para ficar próxima de Emmett, mas não podemos esquecer que a traição
existiu e que os dois ainda não estão juntos de verdade. Além disso, a crise de
Bay com Angelo vem para mostrar que o caráter desse francesão é duvidoso,
afinal, ele está querendo se livrar da responsabilidade de criar um filho que
pode ser dele.
Nesse caso, fiquei com muita pena de Toby, que acabou com a
bomba nas mãos. A reação dele com Regina prova que os shippers de TOBAGINA não
estão enganados quando torcem pelo casal, porque convenhamos: Toby ficou
atormentado demais por não poder dizer à sua amada a verdade sobre seu marido
de mentirinha.
E já que Kathryn e John ficam recalcadinhos com a fortuna de
Angelo, o jeito é tentar suprir essa necessidade de autoafirmação de outro
modo. Nada melhor que um deles ser candidato ao senado, dando ao outro muito
trabalho para gerir a campanha, não é mesmo? A proposta, na verdade, é bacana,
principalmente porque depois do julgamento sobre a troca das meninas, o casal
ficaria preso às picuinhas de rotina. Parece que todo mundo ganhou uma história
maior nessa temporada, menos Toby. Mais uma vez ele fica de escanteio, mas
vamos aguardar e pagar para ver. Quem sabe dessa vez, os roteiristas de
Switched at Birth lembrem de que ele existe e também precisa de uma trama.