Depressão pós-Toby.
Bem vindos a mais uma estonteante
episódio de Pretty Little Liars. Essa semana foi bem mais interessante que
muitas das anteriores ao apostar em um festival de flashbacks, choradeira,
revelações, detetive avulso e num bar lésbico. Dizendo assim até parece que
nada tem a ver com nada, mas a verdade é que a mistura maluca acabou sendo
divertida. Teve tanta coisa sem noção
que foi impossível não aproveitar os 40 minutos desse episódio.
Ainda não sou capaz de dizer qual
é minha trama favorita, mas acho que “A CAIXA”, que Emily recebe da família de
seu pretenso assassino (e assassino de menina Maya) é o que gera mais
burburinho. Primeiro por conter cartões romanticamente comprometedores e depois
por plantar provas absolutamente inúteis, mas que todos pensam ser a solução
para que descubram a identidade de –A e, consequentemente, de quem matou Alisson,
partindo do princípio de que são a mesma pessoa ou as mesmas pessoas.
Os flashbacks do último verão de
Alisson vêm com a revelação de que ela poderia estar grávida e de que o pai do
bebê poderia tê-la matado para fugir do compromisso. É tudo muito bem
arquitetado porque – vejam só que coisa mais inesperada – a mãe de Emily está
trabalhando na delegacia (oi?) e fica falando da vida da filha na frente do
detetive avulso, mesmo depois de Emily FRISAR que ela não deveria ficar compartilhando
essas informações no local de trabalho por motivos de ‘pode dar merda’.
Amo a sutileza mastodôntica do
roteiro, que faz Emily descobrir sobre gravidez, Toby no reformatório quase
pegando Alisson e o ‘loiro gostosão’, só para que ela deixasse o caderno com
diálogos bizarros justamente nas mãos do cara. Pois é amiguinhos, quem não
ficou rindo por horas ao perceber a sutileza de colocarem uma foto do detetive
avulso na mesma praia em que Alisson estava naquele fatídico verão, bem na
GELADEIRA DA DELEGACIA? Quase cai no chão com essa, confesso. Imagino os roteiristas
tendo essa ideia e achando algo super normal e orgânico dentro da série.
Outra coisa que fluiu como o rio
para o mar foi a visita de Hanna ao bar de lésbicas. Foi tudo muito engraçado,
honestamente falando, mas fiquei aqui questionando todo o vinho já ingerido
pelas meninas na série, quando um copo de ‘pink drink’ leva Hanna em cana.
Lógico que tudo foi estrategicamente pensado, porque a descoberta sobre
detetive avulso ser o ‘loiro gostosão’ de Ali não poderia ser exclusiva de
Emily.
Aliás, o assunto delegacia continua
sendo uma grande polêmica. Aria diz; “não estamos prontas para falar sobre –A com
a polícia”. Como assim, filhinha? Tudo bem que o detetive avulso pode muito bem
ser o pai do filho (sério, amei muito essa sacada) de Alisson e o assassino,
mas Emily tomou a primeira atitude centrada dessa série ao entregar o caderno
para análise.
Como dá para notar, a dupla
dinâmica formada por Caleb e Paige está dando super certo, só que ao contrário.
Os dois são muito discretos e do jeito que fazem segredo, fica fácil descobrir
tudo. Além disso, é época de desconfiar de namorados, porque a trairagem está rolando
solta, mesmo que tenha boas intenções. Ainda sobre Paige, não entendi lhufas do
que aconteceu porque, convenhamos, na semana passada ela estava contando as
barras da síndrome do pânico, dizendo que não conseguia sair de casa e chorava
embaixo da cama de pavor, mas agora fica flertando em bares (sendo menor de
idade, assim como Hanna, mas Paige não foi pega pela polícia né?) e enganando a
namorada. Não faz sentido algum, nem pelo relacionamento com Emily nem pelo que
o roteiro tem proposto para a personagem.
Depois do golpe de Toby, que
aparece sensualizando sem camisa sempre que possível (com destaque para a
cicatriz de prisão que botaram na cara dele para criar climão de reformatório),
eis que acompanhamos a saga de #SpencerDaDepressão. Longas cenas de lágrimas
jogadas ao léu, só para dizer que a menina sabe atuar. A gente sabe. Ela é, de
longe, a melhor atriz do elenco, não precisam forçar a barra a esse ponto com
MINUTOS e mais MINUTOS de choro, sem diálogo. Gostei muito que ela tacou o
terror e depois de uma SMS obviamente falsa de Aria, conta tudo para Ezra.
Estava mais do que na hora e foi um alívio. Para completar, ela contrata um
detetive para descobrir sobre a chave e seguir Tobinha. Mais uma sutileza de
roteiro aí, quando insinuam que Spencer está num encontro sexual com homens
mais velhos, só para se vingar de Toba.
Fiquei esperando que Ezra armasse
o maior salseiro no colégio, mas a briga foi bem menos do poderia ser. Mentindo
ou omitindo, Aria conseguiu exatamente o que pretendia evitar: uma crise no
relacionamento. Mas nem se preocupem, porque o casal jamais será desfeito. É o
favorito do público.
E para terminar bem, eis que Elle
nos proporciona um delicioso diálogo. “Então, Aria, falei com o pai da Meredith
e parece que ela é doida e parou de tomar os remédios. Quando for encontrada
deve ir pro hospício.”. PRICELESS. Quer dizer que Elle destruiu o casamento com
Ella, botou uma maluca psicótica dentro de casa para conviver com os filhos e
fala isso com cara de inocente? É por esses momentos tão mimosos que aparecem
de vez em quando que não conseguimos largar Pretty Little Liars.
P.S* Palmas lentas para o diálogo
entre Hanna e Ashley na chegada da delegacia. “Você estava explorando novos
sentimentos?” ou “Pink Drink é algum código lésbico?”. Texto assim, só se vê em
PLL.