quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dallas 2x01x02: Battle Lines/ Venomous Creatures


Todos contra todos.
Sucesso na Summer Season, a nova versão de Dallas acaba de voltar para muito mais reviravoltas, armações e vinganças, numa Premiere em dose dupla. Apesar de interessantes e com ótimo ritmo, os episódios poderiam ter sido exibidos em dias diferentes, o que seria muito melhor para criar curiosidade nos fãs. O primeiro episódio propõem muitas novas tramas e relacionamentos e podemos ver o desenvolvimento disso na sequência, mas tudo funciona bem separadamente e não havia qualquer necessidade de começar a segunda temporada com uma overdose da série. Tenho essa opinião sobre toda e qualquer produção que acha uma boa ideia massificar o retorno com duas horas e episódio. Os quarenta minutos de sempre dão conta do recado e não sacrificam o público.
Deixando esse detalhe de lado, é preciso dizer que Dallas voltou com tudo. A quantidade de twists é de enlouquecer a cabeça de qualquer um, especialmente porque estamos num caldeirão recheado de maldade. Nenhum personagem se salva, nem Elena. Ela pode parecer boazinha, mas faz de tudo para aumentar sua porcentagem de ações na Ewing Energy ao longo dos episódios. Ela consegue, até que de forma bem honesta, mas há que se considerar que Elena conhece todo mundo ali muito bem e sabia que seria premiada no final.
Elena continua sendo a personagem mais sem sal e mais sonsa da série e, portanto, a menos interessante. O resumo exato do que ela fez em 2 horas de Dallas coube nesse parágrafo, embora eu também possa citar as peripécias sexuais dela e Christopher naquela piscina. Nesses termos, a introdução da série, com John Ross dando o golpe da sedução também é muito válida. O que gosto em Dallas é o baixo nível das manipulações, dignas de novela mexicana.
E por falar em novela mexicana, eis que descobrimos o nome de Rebecca: Pamela Rebecca Barnes. Nome que poderia ter figurado entre personagens da trilogia das Marias ou em A Usurpadora, mas ficou reservado para Dallas. A volta da personagem é ótima, apesar de um terrível defeito: cadê a barriga de grávida? Essa mulher espera gêmeos, ficou sumida por pelo menos um mês e já deveria estar de barriga, mesmo que pouca. O bom de Pam, que herda o nome da tia morta, que foi casada com Bobby na versão original, é que ela vem chutando todo mundo que está no caminho, comprando testemunhas e virando vadia nos braços de John Ross.  Dobradinha essa que promete muito.
John Ross, como sempre, está fazendo tudo para destruir o primo e ser dono ou sócio majoritário da Ewing Energy. Incrível como a empresa foi erguida e estabelecida em um mês, tempo que a série diz que passou nesse intervalo, mas tudo bem. Ele é quem manipula quase todos os fatos para que a anulação do casamento de Christopher dê errado, mas ninguém deve esquecer fatores externos.
No meio de tantos golpes há quem se sinta incomodado com isso e é aí que Christopher ganha provas para conseguir a anulação, já que a verdadeira Rebecca Sutter, irmã de Tommy, está na área para tirar um trocado e se vender por quem der mais. Fiquei pasma com a sucessão de desculpas esfarrapadas no julgamento da anulação, mas foi muito engraçado de acompanhar a revolta de Christopher e as caras de resignada de Pamzinha.
A melhor história ficou, no entanto, nas mãos de Ann. O imbróglio sobre a filha sequestrada numa feira foi apenas sensacional. A menina foi roubada pelo próprio pai e deixada na Europa, para ser criada por sua mãe, que é tão megaevil quanto ele. Os Ryland provam que são inimigos em potencial, porque fizeram lavagem cerebral na garota. Quando Ann vai procurá-la e o nome continua sendo o mesmo, Emma, saquei quase tudo. Não faz sentido uma menina sequestrada aos dois anos ter o mesmo nome de batismo e praticar esportes hípicos, que só quem pode bancar é gente rica. Harris samba lindamente na cara de Ann ao conseguir a fita que o comprometia em troca da informação sobre o paradeiro de Emma, que rejeita a mãe.
Sue Ellen é outra que se dá mal e perde a eleição, numa manobra articulada obviamente por Harris, como vingança. Ela quase volta a beber, mas consegue segurar a onda, inclusive porque J.R está mexendo seus pauzinhos para livrá-la da cadeia. Dá para ver que, assim como John Ross não se recupera do baque de perder Elena, J.R é incapaz de superar o divórcio de Sue Ellen.
A história, porém, não vai muito além disso, porque o ator que interpreta o papel, Larry Hagman, faleceu recentemente e terá uma morte também na série. Dallas deve aproveitar para introduzir um grande mistério, parecido com o clássico “Quem atirou em J.R?”. Com a perda desse grande vilão e articulador de muitas tramas, a série vai precisar de muito gás e de muita criatividade para se manter, mas estaremos por perto para saber é possível segurar o interesse do público sem um dos personagens principais e foco maior nas artimanhas da nova geração.
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

vanessa disse...

E já estamos com Dallas de volta e parece que está boa como antes,pena que não achei esse link ainda.Baixaste aonde?