Como se fosse um golpe de –A, as
reviews de Pretty Little Liars estão de volta, excepcionalmente em dose dupla
nessa semana, só porque dizem que o que vem em dobro é muito melhor. Será? Não
é novidade para ninguém que a série anda bem perdida quando o assunto é manter
a lógica, mas raramente alguém reclama desse quesito, já que PLL existe para
divertir e não gerar teses de doutorado.
O problema atual da temporada é
que, o que antes era engraçado, agora começa a irritar ou, na pior das
hipóteses, causar sono. Vira e mexe a série se perde porque os roteiristas
querem esticar o máximo possível a identidade real do –A team. Compreendo, mas
acredito que demorar demais é um erro imenso, afinal, já tem um número considerável
de gente abandonando a série ou assistindo apenas “episódios estratégicos” para
fugir da embromação.
Um exemplo perfeito de episódio
que não acrescenta absolutamente nada é Mona-Mania. Um monte de tramas
enroladíssimas e que não fazem sentido algum (não que a gente esteja cobrando
muita coerência de PLL, mas enfim) para a o cenário geral, que aliás, ninguém
sabe dizer qual é. O ponto alto do episódio é a sequência do “passa ou repassa”
entre Mona e Spencer, que se tornam as mais potentes rivais, com a história sem
pé nem cabeça de que agora, do nada, Mona virou um gênio. Essa capacidade é
explicada (ou não) do mesmo modo que outras habilidades da personagem. Pelo
episódio de Halloween descobrimos que Mona voa e pode escrever mensagens em vidros
de trens em movimento, pelo lado de fora da janela. Além disso, a saudosa
psicóloga já advertia que Mona era onipresente por que acreditava em seu
próprio poder. Assim fica fácil entender que ela também tem um alto QI e é
capaz de decorar enciclopédias, não é mesmo?
À parte disso, ficamos com a
síndrome do pânico iniciada em Paige, que mesmo assim vai para o meio do mato
com Emily, porque festas não seguras, mas caminhar no escuro em locais ermos
não representa qualquer perigo. Confesso que torci para que Emily pegasse Tobinha
no flagra, mas foi bom que tenha sido diferente.
Aria, por sua vez, continua a
interminável saga de “eu sei que papai matou minha BFF vadia”, ficando amiga de
sua maior inimiga. Como é que Aria confia numa mulher que já aprontou outras
vezes e quer apenas ficar com Elle só para ela. Ela, não Ella. Bom, espero que
todos tenham entendido o recado. Elle também está demais. Caçando porcarias
dentro das botas da filha? A que ponto chegamos? Achei muito esperto esconder
segredos na bota, algo parecido com o dinheiro roubado pela mãe de Hanna e
escondido em caixas de lasanha. Plot recorrente, mas repaginado.
Falando em Hanna, foi bom ver a
atitude de mandar Mona às favas, mas começo a achar que, apesar de todo
recalque, Moninha quer mesmo é ajudar. Isso porque não acredito que Tobinha
fizesse algo contra Spencer, apesar de que o conteúdo do episódio seguinte, ‘Misery
Loves Company’, sugere o contrário.
Não restam dúvidas que essa
semana foi bem melhor que a anterior e há quem considere esse o melhor episódio
da temporada. Como ele ainda é bem fraco (em comparação com coisas bem bacanas
já mostradas por PLL), digo apenas que foi bom, mas não tecerei elogios muito
efusivos, porque a série não está merecendo.
O principal ficou pela descoberta
de que Tobinha, além de invadir a mansão Hastings para usar o chuveiro, também
é parte do –A Team. Nós já sabíamos, mas Spencer fica apoplética ao perceber
que passou o dia fazendo comida para o homem que a engana descaradamente. Minha
teoria não mudou e ainda acho que Toby está nessa como agente duplo, mas poxa
vida, que coisa mais ridícula foi ver Spencer, essa mulher forte e
independente, jogada à porta de Toby, se humilhando, enquanto Moninha comia
lasanha e bebia vinho, comemorando mais uma conquista?
Imagina que Emily e Hanna terão a
mesma reação à nova dupla de super heróis de Rosewood. Que coisa vai sair da
união de Paige e Caleb? Não consigo prever, mas deve ser por causa do chá de
ervas que minha madrasta fez para mim, me nocauteando totalmente. Mas, ei, eu
não tenho madrasta. Estou é falando da genialidade de Aria e da maravilhosa
sequência de terror com Meredith. Teve até sonho molhado com Ali para apimentar
as coisas, antes de menina Ariana descobrir que estava sendo dopada e que
Meredith estava revirando todas as gavetas da casa em busca das páginas
incriminadoras sobre Elle.
Adorei quando Aria tomou uma
porrada na cara e depois, acorda no porão com a pele de pêssego intacta
(comentário fútil é de que Lucy Hale não fica feia nem se tentarem), sendo
esbofeteada com carinho, por Emily e Hanna, que fazem caras de desconfiadas,
mas se deixam prender no porão. É tudo muito risível. Seja o diálogo de Meredith
com Elle, a fuga sem sentido dessa louca ou a visão das meninas com canos e
tacos de golfe em mãos, para se defenderem da fúria d’Elle.
E pensar que tudo isso só
aconteceu assim porque era a semana de menino Mike (cadê esse lindo?) de ficar
no quarto de hóspedes de mamãe Ella. Essa mulher não se abala para checar a
filha, que cometeu o erro de adoecer fora da semana separada para ela. Para completar,
temos alinda cena em que Ariana queima a única prova que poderia incriminar
Elle. Ok, não acho que ele seja o culpado, mas mesmo assim. Era a vantagem que
Aria tinha para o caso desse pai ser mesmo doido. A queima dessas páginas é um
desastre mental comparável à velha Rose jogando o ‘coração do oceano’, aquele
baita diamante lindo, no lugar onde afundou o Titanic.
P.S*Pedobezra, cadê?
P.S* Mãe de Hanna, cadê?
P.S* Volta menino Mike
P.S* Pá, volte também!
P.S*Chega de coisas escondidas em
bonecas, botas e caixas de comida.
P.S* Chega de takes sombrios das
máscaras que nunca dão em nada.