De volta à mesma polêmica.
Já estamos na metade da segunda temporada de Hart Of Dixie e
a pergunta principal da série permanece a mesma. Afinal, Zoe Hart combina mais
com Wade ou com George? Embora ainda hajam opiniões divididas, creio que a
maior parte dos fãs vestiu a camisa de Zade e nem cogita outra possibilidade.
Não é que as pessoas não gostem de George, pelo contrário. O problema é que
enrolaram demais em criar um laço mais profundo entre ele e Zoe (tudo por causa
de Limão) e, nesse meio tempo, acabamos nos apaixonando pela malemolência de
Wade. É mais ou menos o mesmo caso de Zoe que, entre confusões e conceitos
românticos deturpados, encontrou a felicidade ao lado da escolha mais
improvável.
É por isso que o episódio dessa semana funciona bem. Ele
volta a um assunto que, de certa forma, amedronta os fãs e mostra as intenções
dos roteiristas para os casais da série. Quem curte Zoe e Wade pode ficar
sossegado, pelo menos por agora. A relação desses dois personagens parece bem
fortalecida e baseada em confiança. Quem curte George vai poder aproveitar suas
maluquices ao lado de Tansy, inclusive porque os dois funcionam bem juntos e ninguém
vai mexer nesse vespeiro. Dava para notar que fizeram “testes de
compatibilidade”, trazendo várias avulsas para George. Nenhuma funcionou, só
Tansy e acho que o paralelo que fica entre os casais, Wade/Zoe e George/Tansy,
funciona muito bem e rende situações cômicas. Esse episódio não deixa negar,
embora a mãe de George pense de outra
maneira.
Todas as situações, da linguiça curada à menção de filmes e
peças teatrais com altíssimo índice PNC, foram excelentes e provam aquela
máxima de que os opostos se atraem. E tudo ficava mais engraçado porque para
mim, pelo menos, é inconcebível que Zoe tenha gostos culturais tão
sofisticados. Rachel Bilson não consegue interpretar uma médica pedante, essa é
a verdade.
O sequestro foi arquitetado com requinte e gostei da
conversa sobre os desejos de cada um ter mudado, meio sem querer. Foi um jeito
bacana de não invalidar o que rolou com George e Zoe, ao mesmo tempo em que
coloca uma pedra (temporária) no assunto. Digo isso porque ainda acredito que vão
explorar o tema, mas só se HOD for renovada. Senão, ficamos com as
demonstrações de que Wade confia em Zoe (e no próprio taco) e prefere levar o
relacionamento drama free. Gostei muito das reações dele, que levou a sério,
mas escolheu não adotar a postura ciumenta e desesperada de Tansy, porque
afinal, acho que ele sabe que se garante e que foi escolhido por Zoe.
E ele vê sim, um futuro para o casal, caso contrário não
pensaria na possibilidade de ir para NY, caso Zoe resolva voltar á velha vida.
Só que isso não vai acontecer, porque ela já faz parte de Bluebell e uma vez
que se experimenta o calendário de eventos da cidade é impossível deixá-la.
Além disso, temos Lavon, que é um perfeito que se importa
com cada morador, individualmente. Adoro o modo como ele sai caçando a
identidade de Oliver, o britânico fajuto com síndrome do sotaque ou algo assim.
Parece que Limão já ganhou uma nova rival e que vai precisar dar mais atenção a
si mesma – e não à vida alheia – se quiser ter uma chance com Lavon. Imagino
que Annabeth não vá furar os olhos da melhor amiga, mas é bom lembrar que ela
já teve interesse em Lavon.
Por incrível que pareça, o romance entre Brick e Shelby
continua firme e interessante, algo que seria difícil de prever. Ela ainda age
como louca e acho bizarras as cenas de Brick fechando o zíper da calça, mas nem
estou reclamando desse humor malandro. Isso é que é Hart Of Dixie.