sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nashville 1x05: Move It on Over


Finalmente, amigos.

Numa tentativa de compreender porque Nashville não emplaca de verdade, apesar de estar ‘sobrevivendo’ a seu primeiro mês de exibição, tentei avaliar os mais variados comentários. Quem gosta e acompanha têm apego pelos personagens, pela música, pela história como um todo. Quem já abandonou ou continua vendo, apesar de insatisfeito, tem apenas uma coisa a apontar: a trama não anda.
Parece que é extremo dizer algo assim e, embora eu enxergue inúmeros pontos positivos na série, uma análise breve prova que os que lançam essa crítica não estão completamente errados. De fato, ao olhar cada personagem isso vai se evidenciando. Rayna, por exemplo, continua vivendo sua crise, dividida entre Deacon e Teddy e tentando alavancar a carreira novamente. Em cinco episódios, essa é a nota única da personagem.
Com Juliette o problema é menor. A relação dela e Deacon evoluiu, mas continuam mostrando os problemas dela com a mãe e insistindo que a personalidade abrasiva é fruto de traumas passados. Juliette também vive em crise, praticamente desde que a série começou, e o desenvolvimento disso tudo é muito pequeno.
São apenas dois exemplos que tangem às principais figuras de Nashville, mas que dão uma ideia boa dos motivos pelos quais o público não embarca de vez na produção. Falta um pouquinho de agilidade e de capacidade de fazer acontecer. Não dá para insinuar e deixar morrer todos os assuntos que são interessantes.
Por exemplo, está na hora de o casamento de Rayna e Teddy sofrer um baque. Difícil de aturar esse homem perdendo debates e armando falcatruas com o sogro, sem que nada tenha alguma consequência. Não sou exatamente fã dessa “pegada política” da série e passaria muito bem só com os dramas pessoais, canções e dilemas artísticos, mas sei admitir que uma coisa funciona, mesmo que não faça meu estilo. Não é o caso.
 Ficamos diante do pai de Rayna com cara de vilão de desenho animado e Teddy agindo feito um paspalhão que se acha muito esperto por confiar nas pessoas erradas. Ainda por cima, Teddy é um personagem detestável e assim, fica complicado temer por ele ou não torcer contra. Sabemos que vem chantagem por aí, mas ainda temos de passar pela eleição inteira antes disso. Está chato.
Até compro o lance da mãe drogada de Juliette, mas não me emociono com a relação das duas. O que segue bem é a aproximação dela e Deacon, que aproveita o momento para seguir em frente ou para fingir que está deixando para trás suas esperanças sobre Rayna. Aliás, belíssima a música que ele canta no Bluebird, com letra relacionada perfeitamente a essa situação. Gosto muito desse detalhe da trilha sempre complementando a história.
Fiquei curiosa para saber se vão explorar o vício de Deacon em drogas e bebidas, mas no fundo, espero que não cheguem a esse ponto. A mãe de Juliette já dá conta do recado ao comandar o núcleo “chapado” da série.
Também fico esperando que Scarlett acorde de seu conto de fadas e dê um pé na bunda de Avery. O cara é podre. Ofende-se quando tentam ajudá-lo e tenta se promover em cima da namorada logo em seguida. Avery não faz nenhum sentido, me desculpem. Gunnar já fala logo a verdade para ele, depois daquela gafe na apresentação, mas Scarlett parece não entender. Dá para notar que Gunnar gosta dela, mas ele não faz nada de concreto para minar a relação com Avery, por isso acho até ofensivo que Scarlett chegue ao ponto de avisá-lo de que tem namorado, pela milésima vez. Gunnar sabe. Nós sabemos. Está aqui mais um assunto de Nashville que não deveria mais ser repetido.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Priscila Farias Carvalho disse...

Concordo em gênero, número e grau com você, Camis. Mas, por alguma razão, ainda acho Nashville mais consistente que produções similares, como Smash.

Camila Barbieri disse...

Não tem nem comparação. nashville é uma série de roteiro maduro. Nunca  compararia com Smash.

Maria Minella disse...

Eu tô gostando muito da série, já assisto no dia que saí online kkk As músicas são melhores ainda o/