O segundo dia é ainda pior.
Começar numa nova escola ou num novo emprego pode ser
complicado. Você não sabe muito bem como se comportar e quais são os limites de
seus novos colegas, então, é de se imaginar que para Emily Owens, que vive um
misto das duas situações, a coisa seja ainda mais complicada.
Esse segundo episódio, que vem
com audiência em queda livre, não sai muito dos padrões traçados ainda na
Premiere. É bacana de acompanhar e deixa a gente nervosa com cada momento de
vergonha alheia que Emily precisa enfrentar, mas é isso. Em termos de novidades
a coisa fica bem estática e isso pode afundar a série que já está com público
muito pequeno.
Em seu segundo dia de trabalho, Emily
tem mil preocupações. Como tratar Will depois daquela declaração de amor é a
maior delas. As cenas em que os dois se encontram e tentam conversar são de
arrepiar, no sentido de terror mesmo. Emily piora a situação a níveis tamanhos
que até a pessoa mais desajeitada do mundo se sairia melhor. Will apenas tenta
escapar com classe, mas o final, em que os dois se entendem e firmam novamente
a amizade é de uma fofura sem tamanho.
Fica a impressão de que ele gosta
dela, mas prefere não assumir para não estragar as coisas. Inclusive, porque
aquela mensagem deixada no celular de Emily é pra fazer qualquer uma fantasiar.
Se eu fosse a melhor amiga de um cara como Justin Hartley e recebesse aquele
recadinho, trataria de marcar a data do casamento. Oportunidade assim não dá
para perder.
Para Emily, infelizmente, resta
apenas a frustração de não ser correspondida. Paralelamente já insinuam que ela
e Micah terão alguma coisa, até porque, esse é o caminho natural da série. Ele
é compreensivo com ela e finge que acha normal que toda a fofocaiada do
hospital tenha sido iniciada pela própria Emily que, na tentativa de sair de um
buraco, cava outro ainda mais profundo. E Emily também vai segurar a mão da
futura sogra na quimioterapia, o que reforça ainda mais a ideia.
Mas enquanto nada acontece nesse
setor romântico, Emily pode gastar energia tentando ser amiga das enfermeiras
que a odeiam e manipulando o Chief para conseguir exames mais rapidamente para
seus pacientes. Emily acaba caindo em dois casos que se complementam, o do avô
com problemas de coração e o da advogada com TOC e tumor cerebral. Foi tudo bem
ao estilo de Grey’s Anatomy, até porque a intenção é a de que esses casinhos
sirvam de ensinamento, e Emily, é claro, luta contra sua sensibilidade e para
não se envolver demais na vida dos pacientes.
Duas personagens que “sobram” são
Gina e Cassandra. A primeira mais do que a segunda. Chego à conclusão de que
tem mulher em excesso nessa série e, embora inda seja cedo pra julgar, as duas
parecem perfeitamente dispensáveis. Emily já atua como inimiga de si mesma em
muitos momentos.