Terror sob trilhos.
Mais um mês de outubro chega e
mais um episódio de Halloween de Pretty Little Liars vem para alegrar nossas
vidas. Já se transformou em tradição e, com a alta qualidade do episódio do ano
passado, as expectativas para esse aumentaram bastante.
Muita gente afirma de pés juntos
que sim, PLL conseguiu se superar e ser ainda melhor que o Halloween 2011. Sou
obrigada a discordar. Embora esse especial tenha tido momentos bem
interessantes, não chega nem perto do mergulho na mitologia apresentado no ano
passado. Numa análise bem rápida do aproveitamento do episódio, inclusive, fica
claro que até o minuto 17 nada acontece além de conversas sobre “qual fantasia
vamos usar” e números musicais de Adam Lambert. Vejam bem, é quase meio
episódio de absolutamente nada, algo que não nos assombrou no ano passado, mas
tudo bem. O que veio depois compensa de forma satisfatória a perda de preciosos
minutos.
O principal desse episódio é o
fechamento de um ciclo e o começo de outro. Garret, suspeito de matar Alisson,
promete logo na primeira cena que vai contar toda a verdade. Eu, que já achava
que o defunto prometido pela série seria ele mesmo, acabei confirmando minhas
suspeitas de antemão. Se Garret falasse tudo viraria peça descartável e,
portanto, poderia morrer e alimentar a ideia de que o A Team não está de
brincadeiras e executa o terceiro assassinato. Já mandaram Alisson, Ian e
Garret para o caixão. O motivo continua um completo mistério e desconfio que
nem as vítimas deveriam saber por que morreram.
O interessante sobre a morte de
Garret é que confirmamos uma suspeita antiga: Elle tem alguma ligação com a
morte de Alisson. Há algum tempo essa
insinuação foi feita e mesmo que não saibamos se os dois tinham um caso (o que
não descarto diante da pedofilia constante na série) ou se Ali estava ameaçando
o pai de Aria por conta da traição com a aluna, que é flagrada por ela e a
própria Aria, num dos flashbacks mostrados ainda da Season 1.
Ficaremos atentos ás novidades,
já que as Liars não acreditam que Elle, um homem tão bom que quase destruiu a
própria família e sambou na cara de Ella com uma mulher mais nova, seja capaz
de cometer qualquer atrocidade.
Ainda falando dessa revelação, o
flashback mostrando que Garret não matou Ali é simplesmente surreal. Como
assim, ele finge que mata a garota para enganar Jenna em sua cegueira? Foi uma
das desculpas mais fanfarronas que já vi, com ele ferindo aquela pobre árvore
enquanto Alisson pedia segredo sobre sua sobrevivência, provavelmente para dar
um susto em Jenna quando houvesse uma chance.
No Trem da Alegria ou Expresso do
Terror (o nome depende de que lado do A Team você está) era muito previsível
que uma festa de Dia das Bruxas dentro de um trem seria algo extremamente
perigoso para todos. Quem mais sofre dessa vez são Aria e Spencer, talvez porque
Emily acabou de enterrar Maya e ser refém de um psicopata e porque Hanna mal se
recuperou do que aconteceu com Caleb e a perda do baço.
Aria cai no golpe do “boa noite
Cinderela” por culpa de Adam Lambert, que deve ser cúmplice do A Team e a cena
dela no caixote é apenas a melhor do episódio. Primeiro porque ela está num
espaço minúsculo e demora HORAS para notar o corpo gelado e azul de Garret.
Digo HORAS porque o corpo de Garret apresentava sinais de óbito nem um pouco
recente e qualquer um que veja a série policial mais vagabunda sabe disso. Depois porque adorei ver alguma coisa
acontecendo com Aria, que sempre fica com a parte mais light da vingança de –A.
Nessa mesma sequência, além de
podermos aproveitar toda a gritaria linda da personagem, ainda confirmamos que
havia um casal manipulando a situação. Notam-se as vozes de um homem e de uma
mulher e os dois são bem burros. Se quisessem mesmo matar Aria deveriam ter
jogado o caixote nos trilhos de uma vez, e não brincar de gangorra.
Enquanto isso, Spencer era
esganada e salva por Paige. Hanna tinha um encontro sobrenatural com alguém que
julgo ser Mona, que fugiu do hospício para festejar e aprontar muito. Tudo numa
mistura de sensualidade marota com filme de horror tipo B. Confesso que ver o
esforço dos produtores em criar ambientes tão bem decorados é divertido. Quase
tão divertido quanto reparar na qualidade do Chroma Key nas cenas em que
Spencer conversava ou era quase jogada para fora do trem. Tudo de altíssima tecnologia.
Tínhamos também Noel e Jenna
mostrando que comeram palhacitos, Lucas de paparazzo, além de Tobinha mancando
o macho alfa. Tudo isso acaba com uma briga muitíssimo mal coreografada em que
Toba acerta Noel, enquanto Jason mostra que só apareceu no episódio para
“quase” apartar uma briga. Em seguida, percebemos que as bebidas da noite eram
um oferecimento da Funerária Boa Viagem, que decorou tudo com o saco que guarda
o corpinho gelado de Alisson. Reparar nesses detalhes é a melhor parte da
brincadeira.
Claro que a mitologia ganhou
continuidade. Ou vocês duvidam que Ashley estava batendo um papo com a gêmea
morta de Ali? A fantasminha camarada revela que sua irmã é uma menina cruel e
que gosta de fazer maldades e armações. Lógico que a mamãe de Hanna não deve
ter entendido nada e nunca irá passar essa importante informação para outros,
assim como as Liars que, muito inteligentemente, se negam a falar com a polícia
sobre os detalhes dessa noite horripilante.
P.S* Prêmio de melhor decoração
vai para o troll que se escondia no caixão RIP Alisson DiLaurentis.
P.S* Ezra surgindo do NADA
naquele trem foi bem suspeito.
P.S* Sendo uma cena de crime o
trem deveria ser lacrado, ninguém entra e ninguém sai. Como aquilo estava mais
movimentado que festa da uva, qualquer pista útil pode se perder.
P.S* Quem será a “mulher grande”
ou homem a quem pertence a unha postiça? Tão sugerindo que a culpa de tudo é
dos travestis da Rua Augusta?
P.S* Mãozinha saindo da terra foi pra gente rir, né?
P.S* Mãozinha saindo da terra foi pra gente rir, né?
P.S* Mais Pretty Little Liars vem
aí em janeiro.
