Keep calm and wait for Part 2.
Ah, como eu queria poder seguir
meu próprio conselho! Em vez disso estou aqui, surtando para que a continuação
de Brave New World chegue o quanto antes para poder saber tudo sobre o
significado real dessa 4ª temporada.
Desde já, eu pergunto: alguém ai
imaginou que estaríamos nessa situação quando a temporada começou? Com vilões
que não são vilões e outros que revelam estar por trás de tudo? Não dava sequer
para prever que Leonard Nimoy sairia do conforto de sua aposentadoria nerd para
aparecer novamente em Fringe e ajudar os roteiristas a completar o plano que
têm para a finalização da série. As notícias são promissoras e parece que William
Bell retorna para mais participações na temporada final, por isso aguentem
firme. A coisa promete.
Obviamente, depois do episódio no
futuro, com Belly no âmbar, e das inúmeras dicas deixadas nos Glyph Codes, era
apenas uma questão de formalizar William Bell como o grande vilão de Fringe.
Provavelmente ninguém se surpreendeu com isso, mas aposto que a eliminação
sumária de David Robert Jones causou algum efeito.
Quando Bell fala sobre mover as
peças no tabuleiro, usando o bispo para criar uma oportunidade até questionei o
significado da mensagem, mas paguei para ver. David Robert Jones também pagou e
o testa de ferro, que levou a culpa por tudo até agora, se desfez em pó, diante
de Peter, depois de ser eletrocutado.
Fica claro que Belly planejou
todos os acontecimentos, colocando Peter e Olivia num lado da cidade, para
resolver o problema dos raios solares que fritariam Boston, levando Walter e
Astrid diretamente para seu encontro, naquele galpão, ironicamente sinalizado
como Eden, numa menção ao Jardim do Éden, o paraíso onde viviam Adão e Eve, de
acordo com a Bíblia.
Ali parecem estar guardadas todas
as criações genéticas de Belly, apenas esperando para que o “Admirável Mundo
Novo” seja inaugurado e elas possam começar essa espécie de nova humanidade. No
fim das contas a genialidade de Belly fez dele um megalomaníaco e é sensacional
saber que o homem que foi seu parceiro de crime durante tantos anos agora é
quem vai tentar detê-lo.
As demonstrações de loucura em
William Bell mostram que não era bem Walter quem deveria estar internado no
Saint Claire. A história original conta que Walter foi tratado como doente
depois que sua assistente morreu num incêndio no laboratório. Começo até a
cogitar que o incêndio tenha sido obra de Bell, para tirar Walter de seu
caminho, permitindo a utilização de suas ideias e teorias para a criação da Massive
Dynamic, a grande propulsora de todos esses acontecimentos.
Aquela sensação nossa, na
primeira temporada, de que tudo era originado na Massive Dynamic provavelmente
não era à toa, assim como a visita de Dr. Simon Paris, codinome de Bell, ao
Saint Claire, na véspera de Ano Novo não foi ao acaso. Belly sabia que Walter
seria o homem a tentar detê-lo e por isso, retirou os pedaços do cérebro dele.
Aquele lance de que foi um pedido de Walter simplesmente não me convence mais.
Pela foto, inclusive, dá para ver que a desconfiança das pessoas na memória de
Walter é infundada. Nos destaques estão o nome de “Dr. Simon” e a data “Dez 31”.
Também precisamos questionar Nina
Sharp. De que lado está essa mulher? Sabemos que nessa timeline ela adotou
Olivia, mas é tudo nebuloso. Foi um ato de caridade ou apenas uma oportunidade
de estar próxima de um dos objetos de estudo mais poderosos dentro dos testes
com cortexiphan? Como a temporada veio em clima de total enganação, nos fazendo
crer em coisas para depois mostrar que nada daquilo valia, fico achando que
essa bondade em Nina é digna de suspeita.
Outro detalhe importante no
episódio é a confirmação do Mr.X. Quando a imagem dos nanites aparece pela
primeira vez, eu só consegui pensar na camiseta do homem que mataria Olivia,
que aparece em “Lysergic Acid Diethylamide”. O símbolo é idêntico e está muito bem
demonstrado em ambas as imagens aí de baixo.
Assistindo novamente ao episódio 3x19
(sim, eu fiz isso só para tirar a prova) encontrei um erro. Ali, Walter fica
frente a frente com Mr. X, que ameaçava Peter com uma arma. A situação é tensa,
mas mesmo assim, Walter deveria ter notado a marca registrada de William Bell
na camiseta do cara, se não na mesma hora, depois de sair da mente de Olivia,
onde todos passearam graças a uma viagem de LSD. Eu sei que, mais uma vez,
estamos considerando a nova timeline, mas ali, na 3ª temporada, o X não teve
nenhum significado maior para Walter. Se essa simbologia de Belly se manteve em
ambas as realidades (antes e depois do sumiço de Peter) esse é sim, um errinho
de continuidade.
O X não quer dizer que Bell seja
o homem destinado a matar Olivia. Imagino que alguém de sua equipe possa ser
essa pessoa e o símbolo seja apenas um indicativo de que essa morte estará
ligada aos planos de criação desse novo mundo. Falando nisso, fico mais curiosa
ainda para saber o que leva Belly a tentar algo assim. Considero o ego dele
como um bom motivo, mas não pode ser só isso. Imagino que, futuramente teremos
a chance de conhecer as pretensões.
Mais uma vez, os poderes do
cortexiphan vêm à baila e essa de que a substância pode CURAR BOLOS é nova.
Sabíamos da capacidade de desenvolver certas habilidades nas crianças injetadas
desde cedo, então, já acho que isso é um pouco de invenção conveniente. Olivia
já foi baleada, jogada através de vidros de carros, espancada em brigas e tudo
mais. Nunca se curou sozinha. No entanto, vale considerar as massivas injeções
que ele recebeu nessa nova timeline, o que pode ter mudado as regras do jogo.
Como as injeções faziam parte das
atividades da Nina B e de David Robert Jones, que sabemos que era apenas uma
distração para o verdadeiro comandante da operação, é realmente intrigante
pensar em qual o propósito disso tudo. Olivia deve ser a chave mestra dessa
Season Finale, já que suas habilidades estão potencializadas. Primeiro ela
desacelerou moléculas e impediu a autocombustão de Jessica Holt e depois ela
atuou quase como se estivesse no comando do corpo de Peter. Quem sabe o que
mais ela pode realizar?
Aproveitando que o tema é Olivia,
ela já deu a dica de que quer ser mamãe. Os momentos românticos com Peter foram
ótimos, mas também me deixaram cabreira. Aquela cena em que ela corta o dedo
parece avulsa demais para não esconder alguma coisa. Infelizmente não sei sequer
formular uma boa teoria sobre o assunto. Só sei que foi estranho e queria
comentar. Talvez seja algo relacionado ao cortexiphan e a essa capacidade de
cura.
Não dá para deixar de fora a
primeira sequência de ação de Alex, ou melhor, Astrid. A relação que ela
construiu com Walter é uma das melhores coisas da série e eu não esperava que
ela fosse mostrar esse lado ninja, dando conta de um monte de marmanjos
armados. Foi sensacional, a não ser pelo desfecho, com Astrid sendo baleada.
Mesmo assim, eu não entraria em pânico. Aparentemente ela está viva em 2036,
como vimos no episódio 4x19, embora eu até considere que aquela poderia ser,
numa chance muito (muito mesmo) vaga, a Asterix B.
Como todos devem ter notado,
achar o Observador foi um verdadeiro desafio para o globo ocular. Logo no
começo do episódio, lá está o danado, escondido atrás de uma ambulância. Tanto
que a setinha tradicional não serviu para destacá-lo.
Glyph Code é POWERS, ou
poderes/capacidades. Alguém aí pensou em Olivia? Explicação mais clara não há,
depois do que ela aprontou nesse episódio. Há, no entanto, mais curiosidades a
comentar. Uma delas é um banner, que aparece quando Olivia se despede de
Jessica, com uma espécie de letra P, entre os símbolos de alfa e ômega e os
dizeres “Light Of The World” ou Luz do Mundo. A ideia geral é de que Peter seja
o Mr. X, já que há também um X no meio do banner, mas não acredito muito nisso.
Sou do time que pensa na possibilidade de Peter ser a pessoa que deve combater Mr.
X, já que ele vem sendo tratado como o “salvador” e sua imagem na Máquina do
Apocalipse lembra bastante Cristo na cruz.
Não dá para deixar de lado a
maior referência de todas, que o livro de Aldous Huxley, “Brave New World”, que
dá nome a essa finale dupla. O livro, publicado em 1932, fala de uma sociedade
controlada biológica e psicologicamente, vivendo em castas, sem o conceito de família
ou ética religiosa, temas que tem sido uma constante em Fringe, desde a 1ª
temporada.
A última curiosidade é que
tivemos a participação de Samantha Noble, a filha de John Noble, nesse
episódio. Ela interpretou a Drª Benlo, nova diretora do Saint Claire. Reparem
que Walter até diz que ela é mais bonita que o antigo diretor, logo depois de
pegar o livro de registros e lambê-lo, de ponta a ponta.
P.S* Atenção na mensagem abaixo:
FRINGE EVENT, em São Paulo.
Sempre comento sobre a ideia de reunir os fãs de Fringe para uma conversa e para debater as nossas teorias malucas pessoalmente. Como a temporada final vem aí, chegou a hora de colocar isso em prática, por isso, quem estiver de bobeira no dia 19 de maio e quiser ver o naipe dos malucos de curtem Fringe, essa é a hora. A coisa é totalmente informal e sem patrocínio, uma reunião de fãs mesmo. O convite é público e está no Facebook. Quem quiser participar, está mais do que convidado. Basta acessar
ESSE LINK e confirmar presença. Todos os dados com hora e local estão na página.