O que fizeram com o musical que estava aqui?
Eu não sei que bagunça aconteceu depois do workshop de Marilyn – The Musical, mas honestamente, nada justifica o número musical bizarro em que enfiaram Karen, vestida num lençol, sendo bolinada por dançarinos mascarados, numa cama que se transformava numa prisão. Número péssimo. Não a música em si, porque estava bem cantada e bem produzida, mas o conjunto com a coreografia foi realmente horrível.
Arregalei os olhos, respirei fundo e esperei para ver Tom e Julia lavando a roupa suja, porque afinal, os dois são a alma desse show e não poderiam permitir que um conceito tão bacana fosse transformado em lixo tóxico.
Esse episódio foi assim, com foco muito maior na tensão e nas expectativas sobre o futuro do musical, deixando um pouco de lado o esquema mais comum das semanas anteriores. É bom ver que Smash tem um elenco forte, capaz de levar o drama muito bem, porque honestamente, poucas coisas foram tão bem feitas quanto a briga entre Tom e Derek. Os dois atores foram fantásticos. Realmente acreditei na discussão e adorei saber os detalhes de tanto desafeto.
Eilleen continua ótima, tentando se firmar sem a ajuda do marido. Ainda acho que as tacinhas na cara são um charme, mas entendo que ela precisava parecer um pouco mais civilizada em frente da filha. Mahatma Kate veio para selar a paz entre os pais, dar uma bronca merecida em Eilleen por armar contra a criatividade de Tom e Julia, além de usar a poupança para mobiliar a casa da mãe como se fosse um paraíso cor-de-rosa.
O clima de insegurança estava por todos os lados. Tive pena de Ivy, que realmente acho talentosa e merecedora do papel principal, tendo que lidar com Karen e com sua dispensa da produção. Não acho que Karen seja culpada, afinal, ela estava provando interesse e capacidade, mas sei lá. No momento torço mais por Ivy, o que é surpreendente. No final, ela acaba usando sexo como consolo para tudo isso, mas de certa forma, comecei a sentir que talvez haja algo mais entre ela e Derek. Sei que ele provará que estou errada na semana que vem, mas enfim, fica a impressão.
Sobre o caso de Dev e suas intrigas políticas, não consigo enxergar porque desenvolvem essa direção em Smash. Sério. É uma história tão avulsa que não sei se vale a pena gastar tempo de tela. Até agora o personagem dele não teve chance de se desenvolver e nessa toada “destoada” nem creio que vá.
É quase como o problema de Julia com Leo, o adolescente que quer irmãzinhas chinesas e é preso por pisar em grama no parque. Não sei por que, mas não consigo gostar do núcleo familiar de Julia e nem é por que eu queria que ela largasse tudo e fosse viver um amor tórrido com Michael. Ou talvez seja. Os dois formaram uma boa dupla em Smash e pensar que cada um foi viver a vidinha familiar me decepciona um pouco.
É o mesmo sentimento que tenho quando vejo Ellis armando, fofocando, fazendo intrigas e se dando bem. A cara de tacho de Tom, ao descobrir que seu funcionário mudou de emprego sem aviso prévio foi épica. Fico imaginando Ellis virando um produtor de teatro e todos nós tendo de aturá-lo com mais destaque na próxima temporada de Smash.
Nessas horas, só sequências deliciosas e sem nenhum propósito, como aquela do boliche, me animam. Foi uma parte bastante divertida e que ajudou a aliviar o clima pesado e de incertezas, até que tenhamos notícias de que para Marilyn, a Broadway fica logo ali.
P.S* Até que não achei ruim Frank entoando Bob Marley.
Músicas no episódio:
"Touch Me" - Original: Karen Cartwright
"Three Little Birds" - Bob Marley & the Wailers: Frank Houston
"Dance to the Music" - Sly & the Family Stone: Jessica, Dennis, Bobby, Sam Strickland and Ivy Lynn
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