Mesmo que Mr.Gold te convença que sua imensa varinha pode fazer maravilhas, seja esperto e diga: NÃO.
Na minha review sobre a Series Premiere de Once Upon a Time, eu denunciei a mim mesma ao revelar que assistia “um troço chamado Contos de Fadas, na TV Cultura”. É verdade. Eu não só via como adorava a produção tosca do negócio, em cenários sempre muito falsos e cheios de feno, mas estou trazendo isso de volta justamente para poder comentar minhas impressões sobre Mr. Gold, o grande destaque desse episódio, que mais uma vez, foi bastante divertido e interessante.
O nome de Gold em “Far, far away” é Rumpelstiltskin e esse danado é, por incrível que pareça, o personagem mais legal que eu conheci vendo o tal Contos de Fadas. Essa não é uma história muito difundida entre as crianças brasileiras, mas minha memória não me trai. O grande lance de Rumpelstiltskin é que ele é uma criatura mágica a quem as pessoas recorrem em momentos de desespero e nesse sentido Once Upon a Time foi perfeita. Colocou o cara como agiota, dono de casa de penhores e com dentes de ouro. Eu não veria melhor adaptação.
Porém, o que me surpreende é que em “Far, far away” todos sabem seu nome. Na história original o nome de Rumpels (pq já estou íntima) é um grande mistério e a grande chance das pessoas que vão perder seus filhos (ou outras coisas) quebrarem os contratos. Para rescindir os acordos são dadas três chances de descobrir como falar Rumpelstiltskin sem engasgar. Ok. A parte de falar sem engasgar é um desafio que eu mesma proponho para vocês, mas o resto é verdade.
Chama a atenção o fato de que em Storybrooke o nome de Rumpels é outro (assim como o de todos os personagens) e aí, não sei se um dia ainda vão utilizar esse lado da história original para, quem sabe, ajudar Emma a se livrar de seu acordo verbal com Mr.Gold, que faz grandes favores, mas cobra preços sempre altos demais.
Nem preciso dizer que gostei bastante de ver Cinderella muito além do sapatinho e com o twist da fada-madrinha transformada em purpurina por Rumpels. Uma das melhores coisas em OUAT é essa licença poética com os contos que sabemos de cor e o fato de que estamos conhecendo o que acontece depois do “felizes para sempre”.
A integração entre personagens de histórias diferentes também é muito boa. Ver Branca de Neve no casamento da Cinderella e Charming ajudando o casal de amigos com uma reedição do “golpe da barriga” foi muito legal.
Na realidade, a relação entre Emma e Henry está cada dia mais bonitinha. O menino é ótimo e minhas cenas favoritas são dos dois juntos, sempre em conversas muito espertas e com certo afeto escondido, da parte de ambos. Como dizem por aí, quase ‘vomitei um arco-íris’ quando Henry diz que tem um codinome para Emma que se encaixa melhor do que ‘Pumpkin’. Nunca imaginei que torceria mais por mãe e filho do que por um romance para Emma.
É engraçado que no meio de tantos amores mágicos entre príncipes e princesas eu não sinta falta disso também para a protagonista. Acho que eu torcia por ele e pelo xerife Graham, mas a coisa seria meio estranha agora que sabemos que Regina (que está cada dia mais obcecada em se olhar no espelho!) tem um caso com ele. Por algum motivo bizarro, sempre senti essa ‘vibe’ sexual entre eles, inclusive no filme da Disney.
Acho que a descoberta dessa relação deles meio que confirma o fato de Graham como o caçador que deveria entregar o coração de Branca de Neve para a Rainha Má Megaevil. O interessante vai ser vê-lo trabalhando com Emma e mostrando que não é capaz de cumprir todas as atrocidades que Regina planeja mesmo que eles sejam amantes.
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