Nascida e criada em Eagleton.
Uma das coisas mais incríveis em Parks and Recreation (além da óbvia qualidade e integração do elenco) é a criação detalhada do universo de Pawnee. Imagino a cidade e seus habitantes como cenário e personagens de uma série de ficção científica. Tem coisas que só acontecem em Pawnee.
O programa de Joan Callamezzo é um exemplo. Tem coisas que só TV local faz por você e, quem mora em certas regiões sabe o que quero dizer. Joan é uma excelente personagem sazonal. Sempre que aparece anima o episódio humilhando Leslie de todas as formas possíveis, além de flertar muito com Tom, aquele “caramelo sensual”.
Pobre Leslie, teve de descobrir que é cidadã eagletoniana de raiz, tudo por que guaxinins invadiram o hospital de Pawnee. A força-tarefa que ela montou para a checagem dos fatos trouxe dinâmicas impagáveis. Leslie, Chris e agente Bert, digo, Andy, com atuações faciais de dar inveja a Jim Carrey. Andy, aliás, é muito bom nas cenas de pastelão ridículas. Eu quase morro quando ele encarna o espírito de herói e sai para defender Leslie do perigo.
Continuam insistindo em unir Tom e Ben. Até que funciona, porque o exagero de um é compensado pelas caras de “cejura” do outro. Porém, nada supera a dupla formada por Ron –F*cking – Swanson e April. Os dois juntos rendem os melhores momentos do episódio, sem sequer precisarem de texto. São silêncios e olhares e pequenas observações como a da troca do nome que os colocam no topo da lista.
Ann, que anda muito aleatória na série, até que conseguiu seu pedaço de atenção, mas só porque a envolveram justamente com Ron e April. Sozinha ela não funciona de jeito nenhum e, na verdade, ela não faz a menor diferença em Parks and Recreation nesse momento. Donna e Jerry, por exemplo, com apenas uma ou duas frases fazem rir mais do que Ann em longos minutos. Se a personagem sumisse, garanto ninguém sentiria a menor falta.
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