terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dexter 6x02: Once Upon a Time...


Histórias de monstros de verdade.

A sexta temporada de Dexter está apenas começando, eu sei, mas não consigo abandonar a sensação de que está na hora de encaminharem a série para um desfecho. Apesar de, de forma geral, eu ter gostado de todas as temporadas até aqui, a fórmula se desgastou e eu já não me surpreendo com absolutamente nada. Pra mim, isso é sinal de alerta.

A despeito desse meu cansaço, devo dizer que o episódio dessa semana foi muito aquém das expectativas. Chato define. Os primeiros vinte minutos (sim, eu chequei o relógio diversas vezes e digo com toda certeza) foram dedicados a conversas de Dexter com o bebê e à crise pré-noivado de Deb. Interessante demais, não é?

Não estavam, sequer, desenvolvendo algo textualmente interessante. Diálogos bobos e sem importância, salvo pelos palavrões de Deb. Pelo menos esse elogio eu devo ao episódio. Deb estava ótima em suas reações ao pedido de casamento e à chefia do departamento de polícia. Sem ela e esse humor tão descarado, teria sido excruciante chegar até o fim.

Até que a proposta do episódio era bacana. O título vendeu bem a história, mas não sei se a coisa foi executada como queriam. Acho que é um pouco cedo demais para tentarem incutir a ideia de que Harrison, um bebê de dois anos que mal fala e anda sozinho, já esteja descobrindo o “Dark Passenger” do pai e que possa se tornar, também, um serial Killer. Nenhuma criança dessa idade é tão perspicaz.

O viés religioso também está longe de ser remotamente interessante. Dexter fica sempre confrontando questões fé que até são cabíveis, mas não funcionam de jeito algum. Toda aquela história de pastor, rebanho, salvação... Sinto como se estivesse sendo obrigada a atender a porta no domingo de manhã, para encontrar aquele pessoal de igreja que quer salvar sua alma da danação, arrecadando dízimo.

Outro grande problema está na dupla formada por Travis e Professor Gellar. Os dois são estranhos, mas não é como se estranho fosse novidade em Dexter. Olhei as cenas de “ferro e fogo” sem qualquer emoção, o que é um choque, porque eu esperava coisas ótimas da atuação de Hanks e Olmos.

Nessas horas, só mesmo Masuka salva o dia, com seus olhares de tarado que assustam mais do que qualquer assassino que lhe enfie cobrinhas na barriga.

Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Rodrigo Agrassar disse...

Concordo com tudo do seu texto Camis!!

Estou muito desanimado com Dexter, Semana passada Blue Mountain State falou  sobre ápice e saber aproveitar esse momento(Como muitas Série perdem esse momento para terminar em alta) e acredito que Dexter teve o seu na 4° temporada. Hoje em dia a Série está no piloto automático(Zona de conforto) pq a audiência é boa e a unica coisa que pode complicar e renovar o contrato do Michael C. Hall e vai assim até cancelarem

Van_delcaro disse...

Não foi bom como a premier,mas gostei,mesmo não tendo levado a historia a lugar nenhum.Ainda tenho grandes espectativas pra essa temporada,pode ser amor cedo,mas eu acredito que vai ser uma temporada sensacional

robsoncardin disse...

Vai ser uma grande bosta essa temporada (uma bosta superior a maioria das séries, mas uma bosta assim mesmo). Pra mim Dexter foi condenado a partir do momento que a estúpida da produtora disse que pretende continuar com a série enquanto estiver rendendo (fica simplicito aí "rendendo dinheiro").
Esse episódio foi um porre. A premiere pelo menos foi melhor que a maioria das comédias passando atualmente, porque só o lado cômico ta salvando. Dexter já desgastou.

robsoncardin disse...

É verdade, o ápice foi no final da 4 temporada, e eles perderam a grande oportunidade de a partir dali fazer algo incrível e ousado, mas que obviamente já ia ter que prenunciar o fim da série. Ao invés disso nos jogaram um balde de água fria com a 5 temporada. Agora não adianta mais, é como você disse, ta no piloto automático.