Há seis meses eles invadiram o planeta Terra. Agora é hora de lidar com as criaturas que caíram do céu.
Se você gosta de uma boa história sobre invasões alienígenas, assim como eu, estava esperando ansioso pela estréia em dose dupla de Falling Skies, aposta da TNT para essa Summer Season.
A temporada será curta, com apenas dez episódios, mas a série parece promissora, a julgar pelos dois episódios iniciais. Como dizem por aí, Falling Skies é uma série sobre pessoas e como elas reagem e sobrevivem diante dessa ameaça à raça humana.
Para traçar uma comparação, eu usaria The Walking Dead. A premissa é quase a mesma, mas em vez de zumbis pútridos temos de encarar os Skitters, aliens de seis pernas, verdinhos (como os marcianos tradicionais!) e com feição esquisita, mas que lembram um pouco a de répteis. Não quero, no entanto, que alguém pense que os Skitters têm algo de parecido com os Visitors. Aqui as criaturas são sólidas e não tomam forma humana, pelo menos, isso ainda não foi revelado, então, ninguém precisa ter medo de uma aparição surpresa de Morena Baccarin com sua bocarra de mil dentes afiados.
Gostei do fato de que não tivemos de esperar muito para ver os extraterrestres. Criar expectativas com isso geralmente acaba em frustração, porque queremos algo que supere nossa imaginação, o que raramente acontece. Particularmente, fiquei satisfeita com a aparência bizarra dos Skitters. A produção visual tem qualidade, exigência mínima para uma série que traz a assinatura de Steven Spielberg como produtor executivo e tem a Dreamworks trabalhando em conjunto.
Como se pode notar, Falling Skies não foi feita para dar errado e mesmo que eu tenho sentido falta de alguma coisa que não sei dizer o que é, acho que a Season Premiere mostrou a que veio e apresentou bem os personagens principais, sem deixar de dar atenção aos secundários. Para citar um exemplo que chamou minha atenção, temos o menino Jimmy, que tem 13 anos (e na vida real obviamente não é muito mais velho do que isso) e é um dos soldados, carregando armas pesadas e participando das maiores operações. Quanto tempo levará até alguém da critica reclamar de uma criança armada eu não sei, mas para mim foi um detalhe enriquecedor. Na história das grandes guerras ao redor mundo, crianças sempre estiveram presentes.
Logo conhecemos Tom Mason (Noah Wyle), um professor de história especializado em assuntos militares que está colando seus conhecimentos sobre guerras e batalhas em prática. Tom é uma espécie de líder/defensor dos civis que vivem do 2nd Mass, uma espécie de comunidade militar de resistência. Tom é pai de Matt (Maxim Knight) um garotinho que ainda tenta lidar com a perda da mãe e o sumiço de Ben (Connor Jessup), seu irmão do meio, capturado pelos Skitters para alguma experiência estranha sobre a qual ainda iremos descobrir. Hal (Drew Roy) é o irmão mais velho, que luta ao lado do pai para recuperar Ben e manter as pessoas a salvo.
A médica Anne (Moon Bloodgood) tem potencial para ser par romântico do viúvo Tom, assim como Lourdes (Seychelle Gabriel) sua assistente, está tentando seduzir Hal com conversas sobre fé e religião.
Todas essas figuras, além de muitas outras, são conhecidas na primeira parte da Premiere, dedicada a mostrar a dinâmica nos acampamentos e a necessidade de migração imediata, já que os Skitters estavam prestes a destruir sua moradia anterior. Weaver (Will Patton) é quem está no comando e nem sempre toma as decisões mais humanas, o que é completamente normal e esperado numa situação como essa.
Depois, Tom e sua equipe reduzida acabam capturados por um grupo que exige armas e alimentos em troca de libertá-los e aí somos apresentados a John Pope (Colin Cunningham), uma figura controversa, que considera a invasão a melhor coisa que já lhe aconteceu e que possui bastante conhecimento sobre como matar Skitters e aniquilar os Mechs, aqueles robôs ambulantes que tanto intrigam por adotarem apenas duas pernas, e não seis.
A história da invasão contada pelos desenhos das crianças sobreviventes começa a montar o clima caótico e tanta nos mostrar a crueldade da situação, assim como a impotência dos humanos diante de criaturas desconhecidas, que manejam tecnologia com poder alto de destruição.
A grande jornada da temporada deve seguir a tentativa de resgate de Bem, além de continuar com foco nos conflitos internos, mostrando que sem harmonia e cooperação, os humanos podem se transformar em inimigos ainda maiores do que a ameaça que vem de fora.
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