Glee goes Gaga. Ou quase isso.
Antes de começar a falar o quanto eu gostei desse episódio de Glee, preciso compartilhar uma impressão. Desde que anunciaram um episódio mais longo e “dedicado” à Lady Gaga, muita gente começou a reclamar e fazer mimimi, porque afinal, já tivemos um episódio nesse tema (lembram de Theatricality?) e não me parece que seja necessário repetir homenagens dessa maneira. O problema é que essa mesma impressão que eu tive foi a de muitos outros fãs e a associação de Glee ao nome de Lady Gaga acabou virando uma coisa negativa, piorando muito com anúncio de um episódio mais longo.
A grande questão aqui é o episódio foi vendido de maneira completamente equivocada. Essa não foi uma homenagem à Lady Gaga, os produtores apenas aproveitaram a nova música da cantora, que deu título ao episódio, para tratar do tema central da série. Vale dizer que fizeram isso com muito talento e, pelo menos para mim, assistir a “Born This Way” foi uma experiência agradabilíssima, do começo ao fim.
Não sou capaz de apontar um momento sequer de aborrecimento ou algum defeito do roteiro. Gostei de tudo, me diverti bastante com as histórias e com as músicas, me emocionei. Foi um episódio completo, com energia boa e (obrigada Senhor!) canções bem escolhidas.
De verdade, amei cada uma das músicas. As performances se encaixaram tão bem no tema que estou impressionada. Conseguiram pegar cada detalhe, cada piada recorrente na série e usar para uma “lição de vida” cheia de humor. Finn não sabe dançar? Vamos colocá-lo ao lado de Mike Chang, que não sabe cantar. Falam do nariz de Lea Michelle? Vamos discutir estética e transformá-la numa Quinn morena. Eu acho tudo isso muito bem sacado. E ainda tem pessoas que querem que Glee se leve a sério e seja “mais inteligente”. Provavelmente não prestaram a menor atenção ao trabalho realizado pelos roteiristas, que às vezes erram sim (não dá para negar), como acontece em todas as séries que estão no ar.
Partindo dessas características especiais e que diferenciam cada pessoa, Glee mais uma vez colocou o Bullying em pauta e ninguém ficou de fora, no meio da história surreal que foi a competição pelo título de Rainha do Baile. Quinn – transformada na versão High School de Betty, A Feia - e Lauren nem imaginavam que a competição de verdade era Santana, que foi destaque total como Libanesa. Um dia, eu juro, Brittany me mata com essas tiradas.
O retorno de Kurt, porém, era o momento mais esperado. Foi bacana vê-lo com os Warblers, mas seu potencial vocal ficava em segundo plano. Mesmo assim, achei uma graça a despedida dele dos meninos rouxinóis e mais ainda seu solo estilo Broadway. Porém, preciso avisar desde já que não confio na mudança de Karofsky. Essa história não vai acabar bem.
A menção do caso Barbra Streisand coube como uma luva para Rachel e ainda teve Flash Mob no Shopping. Deu até vontade de dançar junto. Outro debate muito bom foi sobre TOC. De fato, as manias de polir uvas e frutas em geral parecem engraçadas, mas devem ser uma prisão emocional para Emma. Também gostei muito de ver o pessoal assumindo seus defeitos e vestindo a camisa. Ri muito com o “queixo de bunda” do Mr. Schuester e com a lembrança do Trouty Mouth de Sam. A camiseta de Brittany é tão genial que dispensa comentários.
P.S* O episódio teve 1h30? Nem senti passar.
P.S² Ainda não consegui escolher só um do meu baú de defeitos ( talvez Boca Suja, pelo tanto de palavrão que eu falo), mas e vocês? Que camiseta vestiriam?
Músicas no Episódio:
"I’ve Gotta Be Me” - Sammy Davis Jr.: Finn (Cory Monteith)
"I Feel Pretty/Unpretty” - West Side Story / TLC: Rachel (Lea Michele) e Quinn (Dianna Agron)
"Somewhere Only We Know" - Keane: Dalton Academy Warblers e New Directions
"As If We Never Said Goodbye" - Sunset Boulevard: Kurt (Chris Colfer)
"Born This Way" - Lady Gaga: Tina Cohen-Chang (Jenna Ushkowitz), Kurt (Chris Colfer), Mercedes Jones (Amber Riley) e New Directions