A grande chance dos negligenciados soltarem a voz.
Estava mais do que na hora. Primeiro, de Glee retornar, é claro e em segundo lugar, de termos a chance de ver as pessoas esquecidas cantando em um episódio. Foi uma boa metáfora. Escolher artistas nem sempre valorizados e fazer o mesmo com pessoal do Glee Club, afinal, quem é que nunca reclamou porque Mercedes ou Tina nunca tem a chance de mostrar seus talentos? Bom saber que Ryan Murphy sabe disso, pelo menos.
Para variar um pouco, nada de Rachel, nada de Finn. Nem mesmo Blaine - que tem tido mais músicas do que qualquer um do elenco principal e até ganhou um CD só seu, digo, dos Warblers - soltou uma nota. Para completar, tivemos o retorno de Sunshine Corazón, que veio para a Season Premiere e estava completamente esquecida. Isso, sem falar em mais uma música de Holly Holiday que, honestamente é ótima como personagem bizarro, mas dispensável para cantar mais uma vez, afinal, se tem uma coisa que Gwyneth Paltrow não foi em Glee, é negligenciada no setor musical.
Infelizmente, eu não gostei de nenhuma música. Nenhuma mesmo. E não estou julgando potência vocal, porque afinal, quem se arriscaria em dizer que alguém ali cantou mal? Meu problema era com as canções mesmo, bem executadas tecnicamente, mas sem nenhum apelo para mim, pessoalmente.
Sem comentários maiores para o DRAMA de Rachel, ao olhar para Finn e Quinn juntos. Assim como Will limpando as uvas de Emma, chato demais, O que me anima é saber que Jesse está prestes a retornar e espero muito que ele entre para o elenco fixo.
O que eu realmente gostei foi do clima de vilania. Sue Sylvester mais má do que jamais foi, juntando um time de super canastrões para destruir o New Directions e Will Schuester? Adorei a proposta canalha por trás disso tudo, trazendo de volta o treinador do Vocal Adrenaline, vulgo Sargento Belo; Sandy com sua Adaga Rosa e Terri Schuester como um terrível texugo destruidor. De todos só ressinto o retorno de Terri. Sei que a atriz é queridinha do criador da série, mas por favor, já encheu nossa paciência. O que continua ótima é a participação de Clarinha Evil e dos trolls do colégio, que andam aterrorizando até fórum de CSI.
Mercedes diva estava muito bem, querendo enxugar as mãos com filhotes de cachorro. Nojento e pouco higiênico, mas diva é diva. Exigências precisam ser cumpridas. Também aprovei o número de dança de Mike Chang. Realmente o cara manda bem e numa série de cantores, lógico que dançarinos ficam em segundo plano. Palmas para Santana e seu cabelo de lâminas de barbear, defendendo Blaine e Kurt e mais palmas ainda para os Brainiacs.
Foi sensacional ver Britanny, nossa pequena gênia, numa equipe de decatlon estudantil, detonando ao responder tudo sobre doenças felinas e simpatizantes nazistas hermafroditas. Um viva para o roteirista que surgiu com essa!
Músicas no Episódio:
“All by Myself” - Celine Dion: Sunshine (Charice)
"I Follow Rivers" - Lykke Li: Tina Cohen-Chang (Jenna Ushkowitz)
"Bubble Toes" - Jack Johnson : Mike (Harry Shum Jr. em performance de dança)
"Turning Tables" - Adele: Holly Holiday (Gwyneth Paltrow)
"Ain't No Way" - Aretha Franklin: Mercedes Jones (Amber Riley)