segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Doctor Who 5x14: A Christmas Carol


Os fantasmas do Natal passado, presente e futuro estão de volta numa história maravilhosa, Scrooge.

Depois de assistir a esse episódio, a expressão “especial de Natal” ganhou novo significado para mim. Doctor Who conseguiu unir todos os elementos esperados em um programa desse tipo e ainda foi além, aproveitando a liberdade que a série tem em criar qualquer coisa que se possa imaginar, por mais absurda que ela soe.

Steven Moffat, a mente brilhante responsável por tudo o que vimos, foi bem esperto ao escolher uma história já famosa e adaptar tudo para o universo de Doctor Who. Particularmente, eu gosto muito de “A Christmas Carol”, de Charles Dickens e até por essa ser uma das, senão a mais conhecida história de Natal o apelo com o público, de forma geral, é muito grande, porque é impossível que você não identifique aqueles elementos que fazem parte desse clima natalino desde sempre.


Todo mundo conhece o velho Ebenezer Scrooge e o modo como ele é assombrado pelos fantasmas dos natais passado, presente e futuro. Quando para pensar em tudo isso, aliás, me parece que Dickens já estava pensando em Doctor Who quando escreveu, porque seu conto casa perfeitamente com as viagens no tempo.

O mais impressionante é ver o modo como Moffat trabalha tudo isso, abusando da criatividade e trazendo para nós a versão mais diferente já vista. O resultado foi uma trama feliz e triste ao mesmo tempo, que emocionou a cada cena, seja pelos efeitos especiais ou pelas atuações excelentes de Math Smith e Michael Gambon como Kazran Sardick.

Preciso ressaltar aqui a incrível capacidade de Smith em atuar junto de crianças. Não é tarefa fácil, mas ele contracena como se fosse uma delas. Seu olhar diz o tempo todo que ele também é uma criança em cena. Não é novidade que até agora, ele é o meu Doctor favorito, simplesmente porque ele me passa essa vivacidade, numa interpretação tenaz e única.

Michael Gambon também me emocionou com sua versão de Scrooge, mas isso não é tão surpreendente, já que ele é um ator de alto nível. Impossível não chorar no momento em que ele diz o quanto é difícil decidir sobre qual dia será o último dia para estar com a mulher que ama. Mais difícil ainda era que ele e Katherine Jenkins nos convencessem de que aquela moça estava completamente apaixonada por um velho, mas os dois conseguiram, sem dúvida.



Minha parte favorita dessa maluquice toda foi a dos peixes voadores. Ideia simplesmente maravilhosa e muito bem executada, que me fez dar um pulo na entrada triunfal do tubarão pela janela do quarto de Kazran.


Talvez, se eu tivesse que dizer uma coisinha só para botar um “defeito”, diria que queria ter visto mais de Rory e Amy. No entanto, só pelo fato deles estarem vestidos de romano e policial na suíte de lua de mel, tendo de explicar o que aquilo tudo significava, já valeu, totalmente.


Para quem, como eu, adora um easter egg, terminarei esse texto deixando um. Não sei se vocês prestaram atenção, mas parece que nosso Doctor, muito esperto, se casou com Marilyn Monroe, numa capelinha, em plena véspera de Natal. Pois saibam que essa é a mais pura verdade e quem clicar AQUI poderá conferir a história desse matrimônio misterioso que foi parar até na Wikipédia.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela resenha.
Apesar de alguns erros de continuidade, que achei perigoso pro futuro da série, apesar de confiar no Moffat e suas junções de pontas soltas, considero o Especial de Natal do Doctor Who deste ano um dos melhores especiais que já vi. Definitivamente a combinação da história de Natal Suprema com ficção científica, colocou o episódio dentre os 10 mais de todos os tempos.
Quanto ao Matt Smith, sim, ele tem potencial de ser um excelente Doutor, podendo até rivalizar com o próprio Dave "The Doctor" Tennant.

E que venha a Temporada 6 (e com ótimas legendas também).

Tozz

Andrew Maxwel disse...

Sabe que eu curti tanto o Matt Smith como Doctor que desisti de assistir as temporadas anteriores pra não ficar comparando? Como comecei a ver DW a partir da quinta temporada, pra mim ele é O Doctor e ponto.
Também senti falta de mais Amy Pond, mas não faço tanta questão de ver Rory. O que me impressiona na série é a junção do absurdo do sci fi com a sensibilidade e emoção dos personagens e suas histórias. Tô pra ver, por exemplo, episódio mais emocionante do que aquele com Van Gogh. E esse especial chegou bem perto, mesmo beirando à cafonice no final. E tem como não ficar alucinado pela próxima temporada vendo aquele promo? Two words: River Song.