Deixando de lado toda e qualquer crítica ao andamento da temporada, preciso dizer que não há como não elogiar o aprofundamento psicológico que vimos nesse episódio.
Essa semana vou mudar o discurso. Drop Dead Diva merece uma salva de palmas por nos apresentar um roteiro que foi incrivelmente interessante e cheio de emoções variadas. Fiquei impressionada com essa façanha. Conseguiram ir além com cada um dos personagens, mostrando situações que há muito tempo eram necessárias.
Acho também que podemos dizer que o tema da temporada é o autoconhecimento. Não estou apenas falando de Jane. Todos podem e devem ser incluídos nessa jornada, sem exceção. Vejam o caso de Kim e Parker. Ambos sempre pintados muito superficialmente como a megera e o conquistador. No entanto, fomos capazes de vê-los sob outra ótica: a da busca pelo amor. Inseguranças, medos e riscos atrapalhando essas duas pessoas que só querem ficar juntas, mas temem demais para ir além. Bastou uma ajudinha de um reality show para tudo começar a mudar para melhor.
Nem preciso dizer o quanto eu adorei ver Stacy e Fred novamente juntos. Achei um pecado quando separaram os dois na primeira temporada, mas valeu a pena. Fred penou. Aliás, tudo de novo, e chegou lá.
A situação de Jane e Grayson foi um show à parte. O público precisava disso tanto quanto os personagens. Não é como se nós não soubéssemos o que aconteceu, mas expor melhor a dor dos dois deu um brilho especial ao episódio. Nem sou capaz de descrever o quanto achei bacana o caso do palhaço, que trouxe tanto aprendizado e tantos sentimentos à tona.
No entanto, algo superou tudo isso. Jane como Jane, e não Jane como Deb. É fácil esquecer quem está naquele corpo, vivendo aquela vida. Aposto que nunca alguém pensou em como o espírito ou a alma de Jane se sentiria ao ver seu corpo ocupado por outra pessoa e sua vida continuar sem ela, literalmente. A despedida foi bonita e cheia de sensibilidade, trazendo a certeza de que, daqui para frente, começaremos a mergulhar muito mais profundamente em toda essa história. Pelo menos, assim espero.
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