Vai uma mãozinha aí?
Fala sério! Que episódio mais recheado de coisa tosca. Pensa que isso é ruim? Pois saiba que é o oposto. São tantos detalhes e piadinhas com os clichês da adolescência que certamente deixarei passar algum desses momentos maravilhosos.
O que não dá para esquecer, é claro, são os pais de RJ, que vieram sem filtro de vergonha alheia e tentam explicar ao filho, as técnicas mais modernas para se conseguir uma punhetinha. E tudo isso na frente de Miles, que é adepto do “mostra o seu que eu mostro o meu”.
Além das táticas bizarras que RJ tenta para cima da namorada, que incluem sons robóticos, piadas e se esfregar numa montanha de suportes atléticos usados, somos brindados com Miles apanhando de mulher.
A surra dada por Lily foi linda, quase artística, de tantos requintes de crueldade. A animação, que animou o segundo round no pátio da escola, foi, como sempre, muito bem produzida, complementando o episódio de forma exemplar.
Outra “animação” que merece menção honrosa é o vídeo de orientação sobre gravidez na adolescência. Estrias, cocô e corpo estragado, num banho de sangue falso de dar orgulho. É por essas e outras que afirmo que The Hard Times Of RJ Berger não é apenas uma série teen sobre um nerd pintudo. Cenas como essa mostram que a produção da MTV está comprometida em usar cada clichê e cada convenção social da juventude americana para fazer troça do sistema, das séries e filmes que sempre batem (ui) na mesma tecla.