Não precisei esperar até o final do Piloto de Pulse para descobrir que essa é uma das séries mais bizarras dos últimos tempos.
Produção da BBC, Pulse tem a pretensão de mesclar drama médico com terror, suspense, ficção científica e conspiração.São tantos elementos juntos que a série não tem exatamente um foco definido e o resultado é um episódio estranho, confuso e completamente sem sal.
Chega a ser uma surpresa. Com tantas coisas misturadas na receita, era de esperar um mínimo de emoção, mas isso não acontece de forma efetiva e nem mesmo Hannah (Claire Foy), que tem visões da mãe morta e é a única a perceber que algo não está normal no Hospital St. Timothy, é capaz de tornar a trama mais interessante.
Depois de um longo período afastada do hospital-escola, Hannah retorna, ainda atormentada por esses fantasmas do passado e tentando controlar sua tendência de se envolver demais na vida de seus pacientes. Ela se esforça, mas ver a barriga de um deles, Maddox, se mexendo como se ele fosse o genitor do Alien, tal qual Sigourney Weaver, não ajuda, não é mesmo?
Taxada de maluca, ela começa a perceber que seu ex, o cirurgião Nick (Stephen Campbell Moore), ganhou um comportamento estranho e depois de longas e intermináveis cenas de um suspense pra lá de desnecessário, descobre que Nick não apenas está envolvido numa experiência perigosa com medicamentos duvidosos, mas que também está “infectado”, seja lá o que isso queira dizer.
Para que entendam melhor, direi apenas que Maddox morre durante uma cirurgia para remoção de um tumor e reaparece no melhor estilo morto-vivo. Simplesmente ao há explicação melhor, por enquanto.
Completando o quadro de bizarrices, Nick se suicida – e aposto que volta como zumbi no próximo – e a mãe supostamente morta de Hannah aparece viva e igualmente zumbi, revirando os olhos num 360 incrível, igualzinha à minha reação, ao terminar de ver tanta patacoada junta, num só episódio.