Muitas tempestades ao mesmo tempo, fazem desse mais um episódio exemplar de United States Of Tara, que teve, como sempre, um show de atuação de Toni Colette.
É até clichê elogiar novamente, mas ela merece. A atriz que dá vida à Tara mostrou que é craque na construção de diferentes personalidades durante uma alucinante sequência de transformações. Buck, Alice, o monstrinho sem nome e finalmente, Shoshana. Eis que o Torando, ops, Tornado , que leva todos para o porão vira uma terapia coletiva, sob os olhos atentos e chocados dos vizinhos gays.
Durante o tempo de espera, aprendemos tanto sobre Tara que chega a ser impressionante. Sabemos que ela divide a consciência com Shoshana e, por isso, sabe tudo sobre as opiniões de Max. Além disso, há o estranho pacto entre Tara e Charmaine, que guarda uma mentira perigosa e que pode ser a raiz de todos os problemas dessas duas irmãs. Tara canaliza o trauma em múltiplas personalidades. Charmaine é uma mentirosa compulsiva.
O medo dela em descer as escadas até o porão já nos mostra onde tudo aconteceu. Só falta saber que tipo de coisa poderia deixar duas crianças marcadas para sempre, determinando seus modos de agir na vida adulta.
Como sempre, cabe o destaque para Marshall, que mesmo sem uma trama mais profunda, atua super bem, mostrando a timidez e os dilemas de sair do armário. Kate, bizarra mais uma vez, quer dar lição de moral em Tara e acha a situação da mãe absurda. Só uma dica para ela: Tara não pode controlar seu distúrbio, mas Kate pode escolher perfeitamente se vai ou não sair pela rua fantasiada como a princesa Valhala.
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