Estou feliz com Grey’s. Duas semanas seguidas, com episódios excelentes, emocionantes e engraçados, tudo na medida perfeita. Uma das grandes vantagens dessa série é que, em seus áureos tempos, ela conseguia fazer com o público exatamente isso: em 40 minutos você teria a chance de provar esse mix de emoções. Tenho até medo de escrever e me arrepender depois, mas vou arriscar e dizer que os bons tempos voltaram. Pelo menos por enquanto, podemos aproveitar um pouco, mantendo a esperança de que a qualidade vai se manter.
Como não poderia deixar de ser, o tema são as escolhas. Amor ou trabalho? Cristina lançou essa dúvida na semana passada e deixou todo mundo confuso. Não me admira a atitude dela. Era até óbvio e esperado, já que nada é mais importante do que estar numa sala de operações, de bisturi na mão. Quem conhece Cristina sabe que ela tem suas prioridades e que romances nunca foram seu objetivo na vida, embora muita intensidade emocional já tenha cruzado seu caminho. Teddy, que vê sua chance de agarrar o homem que sempre quis, não deixa por menos e conta para Owen a escolha da namorada. A reação dele é que me surpreender. Fosse eu, Cristina nunca mais ia me ver pela frente. Mas Owen, até mesmo por todo o histórico que tem com ela, insiste e vai provar que nenhuma cirurgia é melhor que aquela pegada forte. Só digo que, se Cristina não se convencer, eu aceito que ele venha tentar me provar a mesma coisa.
Izzie voltou. Timing perfeito, aliás, aparecendo um dia depois de Alex e Lexie terem dormido juntos. Agora que fez a cagada, vai ter de agüentar as consequências. Alex, numa conversa super franca, fala a verdade. Gosta de Izzie, mas descobriu que é cara bacana e não vai permitir que ela faça dele o que bem entender. Foi ótimo, necessário e apoio totalmente. Pelo visto, ficaremos ser ver Izzie por um bom tempo e confesso que não sentirei a menor falta.
Lexie, que estava toda preocupada com a reação de Mark, tinha mais do que razões para mentir. Mas, como ele dormiu com Addison e assumiu, Little Grey resolveu jogar a verdade na roda e se deu mal. Pela 1ª vez, Sloan sente na pele como é ser traído e, pela reação dele, não é uma coisa bacana. Não acredito que essa separação dure muito, apesar disso. Além do mais, Mark Sloan é a última pessoa do mundo que pode se ofender com uma coisa dessas, já que os dois tomaram atitudes erradas dessa vez.
Meredith, quem diria, voltou a aparecer e mostrou porque essa série leva seu nome. Estava na hora dela tomar a frente do episódio e fazer valer a personagem. Sua reivindicação de “Post-it” foi fenomenal e fez Derek recuar da decisão de denunciar Chief ao conselho. Mas, com o problema da bebida cada vez mais aparente, mudanças de personalidade, comportamento e uma evidente falta de responsabilidade, Derek obriga Meredith a escolher e , sob a promessa de contratar Izzie ao ser empossado como chefe do hospital, Derek consegue o que quer e também vai sofrer as consequências por esse ato que pode ser visto como egoísta.
Dando o tom de humor do episódio, tivemos a síncope de Callie e sua catapora. Ela estava hilária com as mãos tomadas de gaze e sofrendo para não se coçar e esfregar as partes do corpo onde pudesse. O ataque que ela dá na frente de Lexie, falando de seu desespero por simplesmente não poder passar a unha nas bolhas foi, realmente, memorável.
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