Nada como 8 meses para dar uma completa reviravolta na vida dos personagens de Friday Night Lights. Nesse começo de 2ª temporada, muitas mudanças vêm aí. Algumas delas vão render bons dramas, enquanto outras me parecem apenas promessas de boas risadas, de tão ridículas que soam.
Já ouvi dizer que a qualidade da série dá uma boa derrapada, tanto que a temporada só tem 15 episódios. Porém, a promessa de recuperação é promissora e só vejo elogios sobre as demais temporadas.
Mas, vamos falar do episódio, que é o que realmente interessa. Esse retorno vem num ritmo calmo, mas não parado e temos uma boa perspectiva do que vem por aí. Julie, por exemplo, continua na meta de se tornar uma adolescente rebelde. O namoro com Matt vai mal e ela trabalha como salva vidas na movimentada piscina do clube. O problema é que toda a rebeldia vai pro lixo quando ela precisa de uma carona e liga para mamãe e papai pedindo socorro. Eric, que está distante da família, treinando na TMU em Austin, precisa encarar as mudanças e lidar com o fato de que sua família não é mais a mesma. Especialmente agora, com a chegada de Grace, acredito que ele ficará motivado a voltar para Dillon e segurar firme nas rédeas da família Taylor. Além disso, o novo treinador dos Panthers, bastante rigoroso e do tipo que aposta em punição física para impor sua autoridade, não deve durar muito. Para começar, ele pega no pé de Tim Riggins e expulsa Buddy Garrity dos treinos.
Aliás, a traição de Buddy continua repercutindo e, além de ver a esposa com novo namorado macrobiótico, é bom ficar de olho em Lyla, que é a maior promessa de piada da temporada. Agora, ela virou menina de igreja. Foi batizada no riacho e prega a palavra do senhor. Seus sermões à mesa são lendários e o fato de querer pagar de santinha, depois de trair Jason é no mínimo, hilário e me lembra aquela história clássica do cara que entrou pra igreja e hoje em dia é ex-gay. Como se isso fosse possível.
Matt continua cuidando da avó, certinho e bobinho demais para tomar uma atitude com Julie. Quem vem com tudo é Landry, que continua apaixonado por Tyra e tenta uma vaga no time de futebol. Tyra, inclusive, está sendo perseguida pelo cara que tentou estuprá-la e isso rendeu uma das melhores coisas do episódio. Landry, ao defendê-la de um novo ataque, acaba matando o cara com as pancadas na cabeça. Desesperados, pensam em levá-lo ao hospital, mas é tarde demais e o riacho dá a ideia errada. É lá mesmo que eles desovam o corpo e ganham o trauma de suas vidas. E é justamente aí que eu aposto essa temporada.