terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Brothers and Sisters 4x11: A Bone to Pick



Brothers and Sisters retorna de seu breve hiatus e minha opinião não muda nem um átimo: a série continua clichê. Sem novidades, sem evoluções importantes na trama e o pior, a overdose de câncer continua.


Confesso que toda a vez em que ouvi a expressão “Câncer Free” eu pedi a Deus que fosse o quanto antes.Não agüento mais esse lance de toda série ter um personagem com essa doença. É como se a doença estivesse banalizada na TV e , cá entre nós, espero que vocês não se comovam com isso ainda. Aliás, não creio que seja possível que alguém ainda chore ao ver que algum personagem ficou careca por causa da quimioterapia. Não estou dizendo que ter a doença não é um drama, muito pelo contrário. Minha questão é justamente essa. Estou cansada de ver uma coisa séria dessas virar “saída criativa” e “propulsor de Emmy’s a jato” para as produções.

Feito meu mimimi, falemos do episódio, que é o que realmente interessa. Com um tema como esse, já é de se prever que não gostei muito, porque os roteiristas pesam a mão no dramalhão e quando tem a chance de fugir do lugar comum, decepcionam e apostam no caminho fácil e óbvio.

Quando Kitty passou mal, a hora de decidir entre a vida e a morte da personagem chegou. Sinceramente, se matassem Kitty eu ficaria satisfeita e surpresa. Já adianto que minha alegria não se concretizou e nem concretizará. Com a quimioterapia sem eficácia, a saída era um transplante de medula. Nessa hora eu comecei a pensar que já sabia como essa história iria acabar e confirmei que criatividade anda em baixa entre os roteiristas da série.

Com o problema de Ryan na Ojai formado, era óbvio que a saída para um personagem que já é odiado pelo público (ok, estou falando por mim) seria salvar a vida da meia-irmã doente. Ele está agendando a fuga quando recebe o apelo de Nora. Kitty está morrendo e se ele não fizer o teste para ver se é compatível, as esperanças chegam ao fim.

A saída de Brothers and Sisters vai contra todos os preceitos da medicina. Nenhum dos irmãos, Sarah, Tommy, Kevin e Justin, podem doar sua medula. Mas Ryan, que é apenas metade da genética dos Walker, possui uma medula milagrosamente compatível.

Começa o drama número dois: Ryan não quer doar sua medula. Pois é. Não é óbvio? Claro que é. Mais apelos de mãe desesperada de Nora e ele resolve - sem mais, nem menos - ser o doador. Após a cirurgia de risco, ele é recebido alegremente no seio da família Walker e agora, deve começar uma aproximação mais intensa. Isso também deve servir para ajudá-lo a se livrar as acusações criminais de ter destruído a produção de vinho da Ojai e criar algum peso na consciência para acabar com o plano maligno de destruir os Walker para se vingar de William.

Fora isso, não tivemos muitas tramas paralelas. Ganhou foco uma briga boba entre Kevin e Robert, que afinal estava se encontrando com uma psiquiatra e não tinha amante alguma.

A renovação de votos de casamento entre Robert e Kitty não foi bacana nem emocionante como deveria. Apenas soou desesperado e sentimentalóide.

O lance das cartas de amor de Kitty, escritas por um ex-affair casado e famoso, que poderia ter rendido mais, ficou por isso mesmo e não teve qualquer função prática na trama. Robert resolve desistir de concorrer ao Governo da Califórnia, coisa que foi absurda, já que agora que Kitty está praticamente curada, essa é uma atitude desnecessária.

Fora isso, posso prever que teremos o desenvolvimento do golpe do Bofe da Motocicleta nos próximos episódios, já que ele desapareceu mesmo com o dinheiro de Nora e não deu mais notícias. O resto todo parece sem foco e nada interessante. Sinal de que já passou da hora de Brothers and Sisters pedir por socorro.
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