‘No more mister Nice Gaius’ foi uma das frases mais cretinas que já ouvi, mas, como sempre ressalto, nosso caçador oficial de Cylons continua sendo meu personagem favorito, justamente porque é um membro oficial do clube dos canalhas.
Como não poderia deixar de ser, esse foi um episódio pra lá de bom. A cada avanço meu na série compreendo melhor o termo “cenas de banheiro”, que já ouvi tantos amigos usarem. Já havia reparado na obsessão do Comandante Adama em dar uma passadinha pelo reservado, mas dessa vez houve uma superação no quesito.
Depois de Gaius mais uma vez negar Deus diante de Number Sex, o castigo divino o acerta em cheio. Ele é acusado por uma Shelly Godfrey, mais uma cópia de Number Sex, de ter sido cúmplice dos Cylons nesse holocausto e, para piorar, o portador da bomba que destruiu todo o sistema de segurança de Caprina na véspera do ataque. Segundo ela, existe uma foto que prova tudo isso e o fato de Number Sex ter abandonado seus devaneios deixa Gaius desesperado.
Desse desespero, vem a genial cena de banheiro, onde Gaius intercepta os, digamos assim, “trabalhos” do Tenente Gaeta ao vaso sanitário. A conversinha boçal de duplo sentido é absolutamente genial e me fez rir horrores. Ao que tudo indica, a pressão de Gaius, fez o pobre Gaeta fugir dali sem sequer limpar a própria bunda, quem dirá, lavar as mãos, fato que deixou Gaius muitíssimo preocupado. Tivemos ainda um enorme piti de Gaius com Shelly, também no banheiro, fato que me fez duvidar um pouco da masculinidade dele, mas deve ser só minha impressão, já que só lembro desse ator interpretando o papel de amigo gay da Bridget Jones.
Além disso, assim que Gaius resolve aceitar Jesus em sua vida e virar o novo pastor da Battlestar Galactica, Number Sex resolve recompensá-lo e como é assim que Deus quer, Gaius não foge ao dever, mais uma vez.
Agora, Gaius está mais por cima da carne seca do que nunca e se tornou uma das pessoas mais confiáveis, depois dessa prova de fogo.
Ainda na nave, Starbuck começa sua recuperação sem muita vontade, preferindo ficar na cama a sentir as dores no joelho ao andar. Mas, como ninguém mais consegue lidar com o caça Cylon que ela pilotou, o resguardo acaba e lá vai ela se enfiar na meleca fedida novamente. No mais, Boomer parece uma psicopata alisando essa nave. Foi um prazer quase sexual tocar o metal e descrever a poesia genética que comanda o instrumento. Se o Chief Tyrol não desconfiava, a hora chegou e, se não foi ele a escrever “Cylon” no espelho da ex, não faço ideia de quem foi.
Em Caprica, Helo e Boomer continuam fugindo pela floresta e finalmente aquela conversinha mole acaba e os dois mandam ver no meio da chuva e no meio do mato. Se Helo fosse um homem esperto, saberia que está lidando com um Cylon. Fica a dica: mulheres de verdade não curtem esse lance “ao ar livre” e certamente reclamariam da umidade e dos mosquitos.