Até que dessa vez não foi tão ruim. Nip/Tuck recupera um pouco do espírito da série, sem perder o tom bizarro de sempre. O fato de Matt não estar mais vestido de mímico ajuda muito, é verdade, e a participação de Vanessa Redgrave, mais uma vez como Erica, a mãe megera de Julia, sempre levanta a moral.
Depois da aparente tentativa de suicídio de Sean, porque, convenhamos, motivos não faltam, Erica ataca. Ela quer a guarda de Connor e Annie e, com o testemunho de Matt a favor, não fica difícil conseguir. Aliás, com esposas lésbicas, assassinas e um monte de doideira na vida do ex-casal McNamara até eu tiraria as crianças deles. O estranho é que Erica tem um marido jovem e delícia. Renaldo, um italiano muito estranho, interpretado por Gilles Marini, parece ter algumas intenções escondidas por trás do desejo pungente de ser pai. Erica, que demonstra estar bastante desequilibrada com o lance da idade, usa de artimanhas, como filmar Sean batendo em Renaldo, para conseguir o que quer.
Depois, tivemos Christian, querendo ter Kimberly de volta. Numa dessas, ele acaba num bar e conhece Alexis, a bartender que não dificulta muito o processo antes da fodelança, mas que o expulsa logo em seguida. Como sempre, Alexis acaba na porta de Christian, querendo uma cirurgia de mudança de sexo. Detalhe é que Alexis, que é homem, se transformou em mulher e agora acaba de descobrir que é, na verdade, um homem gay. Complicado demais, do jeito que Nip/Tuck sempre foi. Ofendido depois de trepar com um homem sem saber, Christian a manda embora, dando a chance de Mike pegar o caso. Aliás, Mike pede Kimberly em casamento e é isso que motiva sua demissão imediata da clínica. Christian, dessa vez, leva a melhor. Opera Alexis e leva Kimberly de brinde. No final das contas ela gosta de não ser exatamente o centro das atenções na vida de seu homem.