quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Battlestar Galactica 1x03: Bastille Day



Lee Adama é um tipinho bem pau no cu. Desculpem o linguajar, mas só consigo pensar nessas palavras para descrever o nosso Apollo da sabedoria e da democracia. Ele tem um ‘quê’ de inocência, crença e ilusão política que me irritam profundamente. Some-se a isso aquela vontade de ser o bom moço da história e o galã da galáxia. Pronto. Receita perfeita de ‘paunocuzice’. Apesar de eu achá-lo mala e tudo o mais, o episódio focado nele e em suas habilidades de negociação realmente surpreendeu.


O drama da água continua e agora o problema é lidar com uma superfície hostil, onde centenas de homens precisariam trabalhar para derreter e transportar toda a água para a Battlestar Galactica. A ideia é convocar os prisioneiros.

Sim, porque não são apenas os bons cidadãos a sobreviver ao épico ataque dos Cylons. Mas, como a presidente Laura Roslyn é toda politicamente correta e não quer escravizar os ‘pobres bandidos’, Lee vai até a nave prisão fazer uma proposta: trocar trabalho por pontos de liberdade. Não disse que ele é pau no cu? Só mesmo um baluarte da liberdade popular pensaria em algo tão genial. E no meio de uma imensa crise e da necessidade de sobrevivência. Provavelmente eu seria uma péssima presidente, porque é nessa hora que eu não pensaria duas vezes em arriscar os bandidos em detrimento dos demais. Minha porção Gandhi veio com defeito, eu acho, mas talvez, uma atitude mais severa evitaria a rebelião que aprisionou Lee, Kelly, Dualla e Billy baba ovo.

Mas, também, fosse eu a presidente, não teríamos esse episódio e isso não seria nada bacana. Para resumir, quando as forças militares invadem a nave prisão e o banho de sangue parece anunciado, Lee consegue contornar a situação e promete para o terrorista que mandava na parada, eleições para dali um ano, em troca do trabalho no recolhimento da água. Ao fazê-lo, ele consegue surpreender o pai e a presidente, embora as eleições já estivessem mesmo programadas para dali 7 meses e não se pudesse escapar disso. Por algum motivo, Lee fica todo cheio de si, por ter se rebelado contra todos os poderes vigentes. De brinde, ele ganha de Laura a revelação do câncer, que eu torço muito para que não se torne um dos focos mais dramáticos da história.

Outra coisa que muito me chama a atenção, é o abuso da Starbuck com seus superiores. Ela fala com o XO como se ele fosse um pedaço de sucata, sempre ironizando o vício do velho na cachaça. Dessa vez, ela até faz uma piadinha bacana e o chama para beber. Só que era água mesmo, o que causa certa decepção inicial. No quesito boçalidade ela é campeã, empatando, talvez, com a canastrice desesperada de Gaius, que mente e desmente sua teoria de identificação dos Cylons. Ironicamente, é no meio dos jogos mentais com Number Sex e palavras atrapalhadas que ele pode encontrar a solução, utilizando núcleos de plutônio para fazer o trabalho mais essencial à sobrevivência dentro da Battlestar Galactica.
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