quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Battlestar Galactica 1x01: 33



Dando inicio oficialmente à primeira temporada de Battlestar Galactica, voltamos à nave 5 dias após o salto no universo, que deveria ter despistado dos Cylons.


A novidade é que a cada 33 minutos a frota inimiga reaparece para o ataque, fazendo com que os humanos tenham que saltar novamente. Tensão, estresse e mais de 130 horas sem dormir levam a tripulação ao limite.

Só posso dizer que foi um episódio muito ágil e absolutamente interessante. Afinal, qual é o segredo para os Cylons conseguirem rastrear as naves humanas? Depois de 239 saltos o mistério chega ao fim. Bastou que uma nave civil, a Olympic Carrier sumisse para que os Cylons não conseguissem mais encontrar a Battlestar Galactica e todas as embarcações protegidas por ela. De inicio, parecia mais uma terrível baixa populacional, que reduziria o número de sobreviventes em 1300 do total, mas logo o Comandante Adama percebe o truque.

Um dos pontos mais curiosos continua sendo a discussão mental entre Gaius e Number Six. Parece bizarro que justamente um Cylon como ela seja tão crente de um poder maior e temente aos mandamentos de Deus. Gaius, que é humano, não possui em si metade da humanidade de Number Six e não cansa de renegar qualquer crença religiosa. Porém, com a situação chegando ao limite e com a possibilidade de Gaius acabar desmascarado por um dos tripulantes da Olympic, suas ideias e concepções parecem mudar. Number Six afirma que Deus olha por ele e quando Gaius troça da possibilidade, a Olympic reaparece. Somente quando ele admite remorso, a presidente Laura Roslin entra num acordo com o Comandante Adama e ordena a destruição da Olympic.

Os responsáveis por isso são Apollo e Starbuck, que dão mostras incríveis de tensão sexual em tão poucos minutos de série. Não deixei escapar as inúmeras menções ao famoso e lendário ‘Frak’ e guardei para usar mais tarde, em minha vida, o quote “I don’t give a Frak”. Gostei também da piadinha de Starbuck com Boomer. “Ela não está com sono porque é um Cylon”. Muito boçal. Aliás, Helo -o parceiro de Boomer que ficou para trás, em Caprica, dando lugar para o resgate de Gaius - faz o que pode para sobreviver. Ele tem um encontro com uma cópia de Number Six, que parece ser um Cylon com fixação oral, de tanto que precisa beijar todo mundo que encontra pela frente. Depois que a cópia de Boomer “mata” a Xerox-Safada de Number Six (que já estou quase mudando de nome para Number SEX) ela resgata Helo e daí, não imagino o que pode acontecer com ele. Será que vão fazer uma versão Cylon dele também?

O fato é que, depois da destruição da Olympic, os tripulantes podem finalmente dormir e até mesmo, comemorar. Muitos morreram, é verdade, mas o primeiro bebê já nasceu. Pausa merecida na eterna subtração de Laura Roslin.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Leandro disse...

Fun fact: O Olmos (Adamão) sugeriu que todos os atores ficassem sem dormir pra que a caracterização dos personagens ficasse ainda mais realista. Claro que não aceitaram, mas ainda assim eu acho isso engraçado.

Sim, o Eddie é louco, mas isso é só mais um indício em como ele e toda a equipe se importa com a série. Acompanhar as histórias dos bastidores de BSG sempre foi muito legal, porque acho que nunca houve uma equipe tão foda. TODO mundo dá pitaco em tudo e todos são ouvidos.

Bruno disse...

Eu nem percebi essa tensão sexual entre a Starbuck e o Apollo no começo da série. Só fui perceber lá pro décimo episódio.

Leandro disse...

Bruno, você é lerdo.